Sociedade

Pinhal de Leiria: falta plano para proteger a lampreia do ribeiro de São Pedro

4 dez 2020 14:11

Investigador da Universidade de Lisboa alerta sobre espécie em perigo

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Em 2017, arderam mais de 90% das árvores e arbustos ribeirinhos no Pinhal de Leiria
Ricardo Graça/Arquivo

Vive soterrada, só aparece na água durante algumas semanas e morre depois de se reproduzir. A lampreia de riacho que ocorre no ribeiro de São Pedro de Moel está criticamente em perigo, segundo o estatuto publicado no Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, que classifica as espécies em função da probabilidade de extinção.

De todos os animais que habitam a Mata Nacional de Leiria, a lampetra planeri (nome científico) é a mais ameaçada. O biólogo Paulo Branco explica: “Em termos legais, é um crime igual matar um lince ibérico ou uma lampreia de riacho”.

Natural da Marinha Grande, o investigador do Centro de Estudos Florestais do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa manifesta-se preocupado com a inexistência de uma estratégia para a fauna do Pinhal de Leiria depois dos incêndios de Outubro de 2017. E alerta para a fragilidade do sistema em que o ribeiro de São de Pedro de Moel é o mais importante curso de água perene, ou seja, com caudal durante todo o ano. Criticamente em perigo (acerca da lampetra planeri) significa que o patamar seguinte é o regionalmente extinto, com consequências imprevisíveis.

“Se perdermos a lampreia de riacho não a vamos recuperar”, avisa Paulo Branco. “Havendo um desequilíbrio destes, podemos vir a ter outro equilíbrio, mas não sabemos qual&rd

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