Viver

Palavra de Honra | Não seria mais fácil participarmos mais e queixarmo-nos menos?

16 jan 2022 10:50

Gonçalo Santos, locutor e animador de rádio

palavra-de-honra-or-nao-seria-mais-facil-participarmos-mais-e-queixarmo-nos-menos
- Já não há paciência... para a tendência que existe atualmente para a literalidade, fazem-se rapidamente leituras literais de tudo "e mais um par de botas", pensa-se pouco sobre os temas, aprofunda-se pouco. São tempos do "tenho de chegar primeiro", mas calma!

- Detesto... Que o Sporting perca, embora já devesse estar habituado, eu sei. Ainda assim, e mais a sério, detesto mesmo é que família ou amigos tenham falta de saúde.

- A ideia... já dizia o outro, "a ideia é morrer velho o mais jovem possível", já vi que não é fácil, estou cada vez mais casmurro, penso que já perdi esse comboio, mas vocês não percam a esperança.  

- Questiono-me se... não seria mais fácil participarmos mais e queixarmo-nos menos, fica a ideia, até houve um dia quem dissesse, o povo unido jamais será vencido, se calhar é capaz de haver um ponto aí.

- Adoro... ter tempo, para a família, para os amigos, para olhar o Mar, por falar nisso, aquela coisa da "semana dos quatros dias", parece-me boa ideia (foi o meu momento campanha eleitoral).

- Lembro-me tantas vezes... de uma aldeia, e atenção momento alto, vou parafrasear Tony Carreira, também eu me lembro de uma Aldeia, a terra que me viu nascer, não é perdida na Beira, mas está aqui a poucos quilómetros, a infância aqui do rapaz foi na Aldeia, e foi Feliz, recordo-a.

- Desejo secretamente... conseguir fazer uma feijoada tão boa como a da minha mãe, torçam por mim ando a treinar.

- Tenho saudades... dos abraços, dos beijos, dos "regabofes" com os amigos, da multidão, e os arraiais? Caramba, ainda se lembram? Havia até quem dançasse agarradinho, precisamos de pôr o mundo a dançar de novo, protejam-se, vacinem-se!
 
- O medo que tive... isto não se pergunta a quem sofre de ansiedade, passo.

- Sinto vergonha alheia... se a pessoa opta por fugir do que é entendido por perfeição dentro de um padrão social, é da vida, toda a gente tem direito ao ridículo, quem sou eu para registar.

- O futuro... será que vamos conseguir recuperar destes últimos anos? Haja vinho.

- Se eu encontrar… se não for meu, eu devolvo.

- Prometo... dar o máximo, sempre dar o máximo, por mim, pelos outros.

- Tenho orgulho... da capacidade de manter viva a paixão pela rádio, milhares de horas ganhas ao microfone, um privilégio.