Economia

Óbidos ganha centro de segurança, de biotecnologia e data center

17 jul 2025 10:30

Parque Tecnológico de Óbidos alberga 70 empresas

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Edifícios centrais do Parque Tecnológio assinalam dez anos
Ricardo Graça
Daniela Franco Sousa

No contexto actual, quando se acendem várias guerras em vários pontos do globo e, ao mesmo tempo, se multiplicam fenómenos extremos, como a seca, ondas de calor e incêndios, consequência das alterações climáticas, o Parque Tecnológico de Óbidos prepara-se para receber o Centro de Excelência para a Gestão de Risco, Segurança e Resiliência.

A notícia foi avançada ao JORNAL DE LEIRIA por Miguel Silvestre, director-executivo do parque, quando este assinala o 10.º aniversário dos edifícios centrais.

“Não se trata apenas de um centro dedicado ao combate ao cibercrime, mas de algo mais abrangente. O objectivo é fazer também a gestão de risco associado a fenómenos ambientais e até de questões geo-políticas”, salienta o responsável.

O parque prepara-se ainda para receber um investimento da Valvian, startup liderada por Nuno Prego Ramos, que quer instalar em Óbidos “um centro de produção e investigação científica com ambição europeia, reforçando o posicionamento de Portugal como território de inovação em saúde, farmacologia e inteligência artificial”.

O projecto integra unidades de I&D e uma fábrica de produção biotecnológica avançada, prevendo-se a criação de dezenas de postos de trabalho altamente qualificados e o fortalecimento do ecossistema tecnológico da região Oeste, refere o responsável.

“Este investimento confirma a capacidade do Parque Tecnológico de Óbidos em atrair empresas de base científica com visão global. A aposta da Valvian demonstra que é possível fazer ciência e tecnologia de ponta fora dos grandes centros, promovendo desenvolvimento económico, atracção de talento e inovação com impacto real na sociedade”, sublinha Miguel Silvestre.

Além do centro de biotecnologia, Nuno Prego Ramos anunciou também o desenvolvimento do projecto Hospital do Futuro, que irá recorrer à inteligência artificial para melhorar os cuidados prestados no Serviço Nacional de Saúde, tornando-os mais eficazes, acessíveis e sustentáveis.

Miguel Silvestre adiantou ainda que, para breve, está também a criação de um data center neste parque tecnológico, com área superior a mil metros quadrados, que resultará de um investimento privado. 

Uma década de crescimento

Desde que foi constituído, o parque tem vindo sempre a somar empresas, nacionais e multinacionais, de diferentes dimensões e graus de maturidade, cumprindo o objectivo de promover sinergias e partilha de conhecimento. 

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