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O som do gelo a partir no disco de estreia de Peixe Míope, em Leiria

8 mar 2023 17:58

Projecto editado pela Omnichord junta Samuel Martins Coelho (electrónica), Carina Albuquerque (violoncelo), Lucas Lomba (piano), Nuno Preto (textos) e Ricardino Lomba (ilustrações)

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O trio Peixe Míope: Lucas Lomba (piano), Carina Albuquerque (violoncelo) e Samuel Martins Coelho (electrónica)
DR

Prevê-se uma conversa informal e serão tocados alguns temas, na livraria Arquivo, em Leiria, numa listening party para o novo projecto de Samuel Martins Coelho, Peixe Míope, que deu origem a um álbum, mas, também, a um livro.

A apresentação acontece no próximo sábado, 11 de Março, com início às 18:30 horas, e junta Samuel Martins Coelho (electrónica), Carina Albuquerque (violoncelo), Lucas Lomba (piano), Nuno Preto (textos) e Ricardino Lomba (ilustrações).

Em História de um Peixe Míope, segundo Samuel Martins Coelho, “todas as músicas são um exercício de imaginação”.

O músico, antigo aluno de violino da Escola Profissional Artística do Vale do Ave e da Academia Nacional Superior de Orquestra, em Lisboa, com carreira nacional e também no estrangeiro, captou, po exemplo, sons provenientes de correntes subaquáticas (com hidrofones) e do processo de desintegração de fragmentos de gelo em água quente.

“O ponto principal é o piano e o violoncelo, eu sou mais um sonoplasta”, refere ao JORNAL DE LEIRIA.

O primeiro trabalho de Peixe Míope, que é lançado pela Omnichord, de Leiria, nesta quinta-feira, 9 de Março, tem como ponto de partida “o ciclo de vida de um peixe que passa por diferentes ambientes e por diferentes experiências”.

Os temas do disco (e livro) funcionam como “peças de um puzzle”, num registo de natureza “sensorial”.

Num processo criativo em que a música inspira e influencia textos e ilustrações, o nome Peixe Míope assemelha-se a um alter ego – “porque eu adoro água e sou míope”, explica o artista natural do Porto que actuou a solo em Leiria, em 2021, no contexto do festival A Porta.

Pela primeira vez com selo da editora de Leiria, Samuel Martins Coelho sublinha que a Omnichord é “uma lufada de ar fresco” e oferece um contexto de trabalho “que é raro” encontrar-se.

“Gente a fazer coisas com o coração no sítio certo”, resume.

“Tem muito a ver comigo”, explica ao JORNAL DE LEIRIA. “É eclética, trabalha com bandas, trabalha com a comunidade, há vários elos que nos ligam”.

Além da música, Samuel Martins Coelho tem trabalhado também na área do teatro, da dança, do cinema e da performance.