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Museu de Fátima trabalhou oito meses no restauro do Manto da Rainha D. Amélia

11 dez 2020 15:24

O manto foi doado pela Rainha D. Amélia de Orleães ao Santuário de Fátima, em Junho de 1945

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Museu do Santuário recebeu prémio APOM 2020 pela intervenção no Manto da Rainha D. Amélia
Santuário de Fátima

O Museu do Santuário de Fátima recebeu esta quinta-feira o prémio APOM 2020 pela intervenção e restauro do Manto da Rainha D. Amélia, que esteve exposto durante o ano de 2019 na exposição temporária Vestida de Branco.

O galardão atribuído pela Associação Portuguesa de Museologia distinguiu a intervenção de conservação e restauro levada a cabo por uma equipa de especialistas, liderada por Cristina Oliveira e Inês Cayres, intervenção que “visou restabelecer a estabilidade física e melhorar, dentro do protocolo das ciências do património, o aspecto visual da peça que se encontrava em avançado estado de deterioração”, indica uma nota do Santuário.

Segunda a Agência Ecclesia, a intervenção, que teve a duração de oito meses, consistiu na “desmontagem das várias partes constituintes da peça, na limpeza de sujidades por via mecânica, na planificação do tecido através de humidificação controlada, na fixação da pedraria em destacamento e na montagem da peça, entre outras intervenções consideradas pertinentes”.

O Manto doado pela Rainha D. Amélia de Orleães ao Santuário de Fátima, em Junho de 1945, após a participação da monarca numa celebração presidida pelo bispo de Leiria, D. José Alves Correia da Silva, na Capelinha das Aparições, incorporou as colecções do Museu do Santuário de Fátima, fundado dez anos mais tarde.

Após vários anos patente ao público na exposição permanente do Museu, a peça integrou a exposição temporária Vestida de Branco: a Imagem de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, evento para o qual a equipa técnica do Museu decidiu levar a cabo uma intervenção de conservação e restauro naquela que é “uma das peças mais importantes da sua colecção e cujo estado de conservação se foi agravando ao longo do tempo”.

“Após o término da exposição temporária, o manto foi acondicionado em reserva, garantindo desta forma a melhor preservação e conservação desta insígnia de autoridade da última rainha da monarquia portuguesa”, informa o Santuário de Fátima.