Sociedade

Município de Porto de Mós desafia Juncal a criar escola profissional

9 mar 2018 00:00

Oferta formativa vai ser alargada no Instituto Educativo do Juncal no próximo ano lectivo.

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A possibilidade do Instituto Educativo do Juncal (IEJ) abrir uma escola apenas de ensino profissional está a ser equacionada em sintonia com o Município de Porto de Mós. Depois do assunto ter sido abordado na última reunião de Assembleia Municipal, a directora pedagógica, Tânia Galeão, directora pedagógica, revela que essa necessidade foi manifestada pelo presidente e vereadores da autarquia.

“Antecipando esta nova escola, e porque o IEJ tem autorização de funcionamento para qualquer curso, irá já este ano alargar a sua oferta formativa, com um maior número de cursos no ensino profissional a juntar aos que já são há muitos anos por nós ministrados.”

Assim, além dos cursos de Desporto, Design, Análises e Serviços Jurídicos, o IEJ disponibilizará formação nas áreas da hotelaria, turismo, informática, metalúrgia e metalomecânica.Tânia Galeão garante que o IEJ não se irá transformar numa escola profissional. “Aquilo que esteve em conversações foi a possibilidade do IEJ alargar a sua oferta formativa e abrir, também, uma escola profissional na área tecnológica, uma área muito específica e fundamental tendo em conta a 4.ª Revolução Industrial “Industria 4.0” e o concelho em que estamos inseridos”, reforça.

Desta forma, a nova Escola Profissional e Tecnológica deverá ter “na sua essência o desenvolvimento de novas bases de conhecimento profissional para as novas profissões com futuro, nas áreas de Electrónica e Automação, Materiais, Metalúrgica e Metalomecânica, Ciências Informáticas e Indústrias Extractivas”.

Áreas que estão “directamente ligadas ao tecido empresarial da região”, acrescenta, garantindo que o IEJ, manterá “sempre” a sua oferta actual com os 1.º, 2.º e 3.º ciclos e ensino secundário.

Segundo a responsável, os cur- sos para os quais se candidatam têm “uma empregabilidade garantida” e serão lançados em parceria “com empresas da região”, que poderão garantir um trabalho, além de participarem “na formação prática destes alunos e em contexto de trabalho”.

Embora afirme que a aposta nos cursos profissionais é cada vez mais uma garantia de sucesso, Tânia Galeão admite que “ter mais turmas, sejam elas de ensino profissional ou não, será sempre positivo uma vez que a redução de turmas de contrato de associação foi financeiramente muito complicada”.

A directora pedagógica lembra que os alunos que frequentavam o IEJ já pertenciam às áreas de in- fluência do instituto, que passou a “suportar várias turmas sem qualquer apoio financeiro”.

Este tem sido um trabalho “muito difícil”, que tem obrigado a “uma gestão muito apertada e com grande esforço financeiro” para assumir os compromissos e “garantir o mais importante: um projecto educativo de qualidade, numa escola que é para todos uma família e que se orgulha de formar desde há quase três décadas, e a manutenção dos postos de trabalho”.