Sociedade

Moradores contestam largura de via na avenida Humberto Delgado

23 fev 2022 15:13

Câmara de Leiria garante que o socorro não será comprometido.

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Moradores temem que, em caso de emergência, os veículos de socorro não consigam passar
Ricardo Graça
Maria Anabela Silva

Moradores da Avenida General Humberto Delgado, em Leiria, contestam a dimensão da faixa de rodagem. Agora que a obra começa, “finalmente”, a desenvolver-se no terreno, há quem considere que a largura da via irá “comprometer” o socorro e criar momentos de engarrafamento, nomeadamente, aquando da recolha dos resíduos depositados nas três ilhas ecológicas instaladas ao longo da avenida. A Câmara de Leiria garante que o socorro não será comprometido.

Isabel Estrela, que reside no lote 275, receia que, como a faixa de rodagem “só terá largura suficiente para um carro”, em caso de “uma emergência ou urgência, em hora de maior trânsito ou com um qualquer outro congestionamento da via”, não haja condições para a passagem de veículos de socorro. O mesmo receio é partilhado por Lina Jorge, outra moradora, que considera a situação “inaceitável”.

Em resposta a uma exposição de Isabel Estrela, a Câmara de Leiria, garante que a segurança “está assegurada”. E explica como: “Em caso de emergência existem zonas de passeio susceptíveis de suportar o estacionamento excepcional de viaturas dos bombeiros ou ambulâncias, bem como é possível utilizar parte da largura dos passeios para transpor obstáculos pontuais”.

O argumento não convence Isabel Estrela, que contesta ainda a dimensão “reduzida” do passeio em frente ao lote 275, que contrasta com a largura de “metros” das zonas pedonais ao longo da avenida.

“Saímos do prédio e ficamos logo em cima da faixa de rodagem e do trânsito”, aponta um outro morador.

A câmara responde, alegando que está previsto em projecto que a largura útil do passeio” nesse local seja “superior à anterior” e que ficará “garantida a distância necessária entre a saída do prédio e a faixa de rodagem”.

Entretanto, na última reunião de câmara, o presidente do município, Gonçalo Lopes, assegurou que a obra decorre “dentro do prazo estabelecido”, que termina no final do ano, mas que o empreiteiro está a tentar antecipar a sua conclusão alguns meses.