Saúde

Médico para Castanheira de Pera prometido para breve

4 fev 2016 00:00

ARS Centro deu garantias ao presidente da Câmara

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O presidente da Câmara de Castanheira de Pera, Fernando Lopes, revelou que a Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, com quem reuniu na terça-feira, prometeu encontrar uma solução para a falta de médico no concelho num “curto espaço de tempo”.

“Foi-me confirmado que estava aberto um concurso para a colocação de médico que ficou deserto. Foi-me prometido que tudo será feito para encontrar uma solução. Através da contratação de uma empresa que presta estes serviços ou, tendo em conta as últimas notícias, contratando um médico reformado”, explicou Fernando Lopes.

O presidente da autarquia garante que não esperará por uma solução mais do que duas semanas. “Já passou tempo de mais. Queremos o assunto resolvido. Temos todo o direito de exigir uma resolução para o problema. A saúde é um direito inalienável.”

Fernando Lopes acrescentou ainda que está “ao lado da população”, a quem manifestou “toda a disponibilidade para outras acções”.

Na terça-feira, cerca de 60 utentes concentraram-se à porta do centro de saúde - onde estavam reunidos a direcção do Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Interior Norte, a direcção e corpo clínico do centro de saúde e o presidente da câmara - para exigir médico de família.

“Várias pessoas têm tentado obter uma consulta e não conseguem. Têm de nos arranjar um médico: ou a tempo inteiro ou mais outro que venha fazer mais horas. Assim, é que isto não pode continuar”, disse José Bento, um dos promotores de um abaixo-assinado.

Este utente garante que a população “não vai ficar parada” e irá continuar a lutar até “resolverem esta situação”, pois “as pessoas precisam das consultas”.

Há cerca de duas semanas, um abaixo-assinado com 1.479 assinaturas foi enviado a vários organismos públicos no sentido de exigir um médico em permanência para o centro de saúde de Castanheira de Pera.

Já no início deste ano, a Câmara aprovou por unanimidade uma moção que exige um médico permanente no centro de saúde do concelho, garantindo-se assim o acesso da população aos cuidados de saúde. No Verão do ano passado, um médico meteu baixa e outro rescindiu contrato com o centro de saúde de Castanheira de Pera.

Desde então, a população tem disponível um clínico duas vezes por semana, que cumpre 20 horas de trabalho, o que é “manifestamente insuficiente face às necessidades”, sublinha Fernando Lopes.