Desporto

Maúnça: fomos conhecer o quebra pernas mais temido de Leiria e arredores

21 jul 2017 00:00

Menos explorados do que os da vizinha Senhora do Monte, os trilhos do Cabeço da Maúnça são cada vez mais procurados para belos passeios, treinos, ou testes à resistência física dos mais incautos

Fotografia: Ricardo Graça
Fotografia: Ricardo Graça
Fotografia: Ricardo Graça
Fotografia: Ricardo Graça
Fotografia: Ricardo Graça
Fotografia: Ricardo Graça
Fotografia: Ricardo Graça
Fotografia: Ricardo Graça
Fotografia: Ricardo Graça
Fotografia: Ricardo Graça
Fotografia: Ricardo Graça
Fotografia: Ricardo Graça
Fotografia: Ricardo Graça

Ao longe, a imponência mete respeito e quanto mais nos aproximamos, maior parece: Subi-lo mais se assemelha a uma tarefa impossível. O Cabeço da Maúnça é um gigante de 435 metros, ligeiramente mais alto do que irmã Senhora de Monte, localizada imediatamente a norte.

É um dos spots da moda do pessoal das corridas, das caminhadas e das bikes da região de Leiria. À medida que a forma vai melhorando e os metas mais facilmente vão sendo superadas, novos desafios têm se aparecer para a malta cá da terra. E, para quem não quer sair das redondezas, este é o desafio.

Desde há oito anos, quando criou a prova Trilhos Loucos da Reixida, que Adelino Santos tem notado mais vida na Maúnça. Todos os anos quer apresentar novidades no trail e, por isso, lá vai criando novos trilhos, roçando o mato e endireitando o terreno com uma enxada, que depois tem o gosto ver os outros usufruírem.

“Tenho o privilégio de ver das janelas de minha casa as luzes dos corredores e dos ciclistas a subirem o monte. É muito bonito e dá-me muito prazer”, diz o estucador, de 54 anos.

É uma aventura que, adverte, “não é para todos”. “Correr até lá acima? É só para campeões”, garante. Um dia, Pedro Santos resolveu aceitar o desafio de um amigo. Ia avisado das inclinações que o esperavam, estava “fora de forma”, mas não quis “dar parte de fraco”.

“Os relatos de camaradagem” fizeram-no “embarcar na aventura”. Chegou às Fontes do Lis e foi apresentado ao pequeno grupo. “Eram muito simpáticos e brincalhões, orgulhosos em fazer aquele percurso tão difícil. Avisaram-me logo: isto não é para fracos. E depois acrescentaram: estamos só a brincar.”

“Vendo bem as coisas, não estavam a brincar. Aquilo não é mesmo para fracos.” No entanto, apesar das dores no corpo “durante três dias”, acha que a experiência valeu muito a pena.

“Durante a noite proporciona visões de céu estrelado, não poluído pelas luzes da cidade, e quando os músculos começam a gritar para descansar, o grupo desacelera. Deixei-me ir na fanfarronice que ia chegar ao topo sem sofrer as maleitas e subi mais depressa do que podia.”

Leia mais na edição impressa ou torne-se assinante para aceder à versão digital integral deste artigo.