Sociedade

Marinha Grande já tem orçamento aprovado para 2023

11 mar 2023 12:22

Depois de um primeiro chumbo, em Dezembro, a Assembleia Municipal ratificou, ontem à noite, proposta apresentada pelo executivo. O orçamento totaliza 47,2 ME, valor que inclui já o saldo de gerência de 2022.

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Orçamento da Câmara da Marinha Grande Grande totaliza 47,2 milhões de euros
Ricardo Graça

À segunda, foi de vez. A Assembleia Municipal da Marinha Grande aprovou, esta sexta-feira, a proposta de orçamento, para 2023, apresentada pelo executivo no valor de 32,5 milhões de euros (ME). A essa verba acrescem 14,7 ME que correspondem ao saldo de gerência referente ao ano transacto

A primeira proposta de orçamento municipal, no valor de 31,6 ME, tinha sido chumbada em Dezembro com os votos contra dos eleitos do PS e da CDU, que estão em maioria na Assembleia Municipal. O Bloco de Esquerda absteve-se e os deputados do PSD e do +MpM votaram a favor.

Na sessão desta sexta-feira, a CDU e o PS abstiveram-se e o deputado do Bloco de Esquerda esteve ausente, polo que, o orçamento acabou aprovado por maioria.

Na sua intervenção à AM, o presidente da câmara, Aurélio Ferreira (MpM), apontou vários condicionalismos, “alheios” ao município, que se traduzem num aumento das despesas correntes, nomeadamente “um incremento dos preços a pagar de energia, gás, resíduos sólidos, delegações de competências”, entre outros, que se traduzir em mais sete milhões de euros face a 2022.

Nas Grandes Opções do Plano de Atividades para 2023, Aurélio Ferreira destacou os projectos na área da habitação, como a reabilitação de edifícios sociais e a construção de um novo edifício na freguesia da Moita para habitação social, um investimento de cerca de 1,2 ME.

Ao nível do saneamento, o município prevê iniciar as obras das fase 3 e 4 nas Trutas e no Pilado e Moita, num investimento de quase 900 mil euros.

Aurélio Ferreira prometeu também avançar com vários projectos para que estejam prontos a candidatar a fundos comunitários, assim que os avisos surjam, uma vez que “o tempo é muito curto para fazer a candidatura”.

Entre esses projectos estão os centros escolares da Várzea, João Beare e da Vieira, a reabilitação das escolas Pinhal do Rei e Loureiro Botas, bem como a rede de abastecimento e águas nas Trutas.

Em orçamento, estão também incluídas obrras

Salientando que algumas das propostas incluídas em orçamento foram sugeridas pelo seu partido, a CDU, a deputada Maria Loureiro, lamentou que “não haja investimentos que façam a diferença na vida das pessoas”. “Não é o nosso orçamento e não tem as soluções que os marinhenses, os moitenses e os vieirenses necessitam”, afirmou.

A eleita da CDU disse ainda que “o novo orçamento prova que o voto contra não só foi necessário como foi útil, porque se abriu um quadro de discussão”. “Agora esperamos trabalho”, acrescentou, considerando que o novo documento “prefere servir uma dinâmica mais empresarial e economicista em vez de uma política municipal social”.

Por seu lado, Cláudia Fabiana Perfeito (PS) entende também que o voto “contra permitiu abrir negociações e ouvir todas as forças políticas com assento na Assembleia Municipal e discutir as opções para a Marinha Grande”.

Este orçamento não tem o que é necessário para a evolução da Marinha Grande e melhoramento do que o concelho precisa. Preocupa-nos o desequilíbrio entre as despesas correntes e despesas de investimento. Há uma grande ausência de investimento no concelho”, alegou a socialista.