Sociedade

Mão criminosa ou trovoada seca potenciada pelo eucaliptal? Em que ficamos?

21 jun 2017 00:00

O presidente da Liga dos Bombeiros Jaime Marta Soares diz que trovoada seca foi duas horas depois de ter começado o incêndio em Pedrógão Grande.

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O responsável está convicto de que o incêndio de Pedrógão Grande, que fez 64 vítimas mortais, teve "mão criminosa". 

"Tenho essa convicção. Tenho para mim, convictamente, que a trovoada foi bastante mais tarde que o início do incêndio. Já o incêndio tinha grandes proporções quando ela começou", afirmou à SIC Notícias, esta quarta-feira, o responsável.

Adiantou ainda que, "por essa razão", se deve fazer um "estudo, com base científica, para apurar todos os pormenores que permitam esclarecer as coisas com toda a verdade".

No domingo, a Polícia Judiciária avançou que o fogo tinha tido origem numa trovoada seca, mas Marta Soares destaca a diferença de "duas horas" entre o começo do incêndio e o começo da trovoada.

"Tenho um profundo respeito pelas forças de segurança. Têm feito um trabalho muito sério, competente e capaz. Muitas vezes, em cima do acontecimento, ainda não se tem os pormenores todos. Também já estive em muitos incêndios onde os raios caíram após o começo do fogo. A situação tem de ser analisada", acrescentou.

Jaime Marta Soares disse ainda que entre "26 a 32% dos incêndios são causados por pessoas", atribuindo o mesmo intervalo de percentagem a "causas desconhecidas".

A Polícia Judiciária vai convocar o presidente da Liga de Bombeiros para que este forneça os elementos de que dispõe sobre a origem do fogo em Pedrógão Grande.