Desporto

Jogador do Marinhense suspenso por apostar na vitória da própria equipa

26 fev 2024 12:37

Daniel Esteves foi condenado com uma época de suspensão e uma multa de 1.020 euros pelo Conselho de Disciplina da FPF

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Atleta do Marinhense realizou 663 apostas desportivas
DR

O atleta Daniel Esteves foi condenado pelo Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) com uma época de suspensão e uma multa de 1.020 euros por apostas desportivas, onde se incluem apostas na vitória do Atlético Clube Marinhense, equipa pela qual jogava.

Segundo o acórdão do CD, Daniel Esteves, entre 1 de Julho de 2022 a 16 de Janeiro de 2023, realizou 663 apostas desportivas em jogos oficiais organizados pela FPF, além de duas apostas “relativas a jogos em que foi inscrito e participou em representação do Atlético Clube Marinhense”.

A primeira aposta na vitória do Marinhense aconteceu a 24 de Outubro de 2021, num jogo disputado com o Grupo Desportivo Vitória Sernache, a contar para a 4.ª Jornada no Campeonato de Portugal.

O futebolista agora condenado, “antes do referido jogo oficial, realizou uma aposta múltipla, na qual se incluía o resultado final daquele concreto jogo oficial, tendo apostado na vitória do Atlético Clube Marinhense”, descreve o acórdão, aposta que acabou por perder.

Cerca de uma semana depois, novamente a envergar as cores do Marinhense, Daniel Esteves voltou a apostar pela vitória do clube que representava, tendo novamente perdido a aposta.

O acórdão ainda acrescenta que no início da época desportiva 2021/2022, “o arguido Daniel Esteves mantinha uma relação conflituosa com os colegas de equipa e com o treinador, sendo público, no balneário, que aquele atleta apostava em casas de apostas, uma vez que pedia, frequentemente, dinheiro emprestado aos seus colegas de equipa para carregar a sua conta na plataforma de apostas ‘Placard’ e não devolvia o dinheiro”.

Face ao exposto, o CD considerou que “o arguido agiu de forma livre, consciente e voluntária, bem sabendo que a sua participação em apostas desportivas referentes a jogos oficiais organizados pela FPF e pela LPFP [Liga Portuguesa de Futebol Profissional] desrespeitava a legislação e a regulamentação aplicável”.