Sociedade

Fogo ameaçou casas em Alvaiázere 

10 jul 2022 20:30

Os dois grandes incêndios que têm lavrado nos últimos dias na região continuavam activos ao final da tarde deste domingo. Em Alvaiázere, chegou a ameaçar habitações

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A história repetiu-se este domingo nos incêndios que que fustigam a nossa região desde a passada quinta-feira. Em Ourém e Pombal as chamas chegaram a estar controladas e em fase de rescaldo e consolidação, mas os reacendimentos e as mudanças constantes de direcção do vento, voltaram a complicar a situação no terreno.

Segundo a Protecção Civil, o incêndio que deflagrou quinta-feira, em Cumeada, Ourém, no distrito de Santarém, continuava activo este domingo, ao final da tarde, e já tinha galgado as fronteiras para os concelhos vizinhos de Alvaiázere e Ferreira do Zêzere. Estava a ser combatido por quase 700 bombeiros, auxiliados por mais de 220 viaturas e sete meios aéreos, que foram conseguindo desviar as chamas de algumas casas, apanhadas na linha do fogo.

“É um incêndio que ainda não está estabilizado. Boa parte do perímetro do incêndio encontra-se já numa fase de rescaldo e consolidação. Contudo, quando existem reactivações, elas de facto são explosivas e são muito difíceis de combater logo na primeira hora, mantemos então o dispositivo operacional e mantemos, de facto, a atenção máxima para este incêndio”, afirmou o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, no ‘briefing’ da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) às 19:00 horas.

No distrito de Leiria, o incêndio que eclodiu sexta-feira, em Vale da Pia, Pombal, alastrou aos concelhos de Ansião e Alvaiázere, e continuava também classificado como activo, devido a várias reativações pontuais por causa do vento forte e em locais de difícil acesso. Para este fogo estavam mobilizados cerca de 460 operacionais, 144 veículos e oito meios aéreos.

O País entra em situação de contingência este domingo à meia-noite face às  previsões meteorológicas para os próximos dias, “que apontam para o agravamento do risco de incêndio rural”, lê-se na nota do Ministério da Administração Interna (MAI). Está previsto o reforço do dispositivo dos corpos de bombeiros.