Saúde

Fluxos migratórios e correntes anti-vacinação poderão fazer voltar doenças já eliminadas

20 fev 2016 00:00

Alerta do presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia Pediátrica.

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Maria Anabela Silva

Das doenças evitáveis pela vacinação, Portugal já eliminou a poliomielite, a difteria, o sarampo, a rubéola e o tétano neonatal. Contudo, o crescimento de correntes anti-vacinação - que em Portugal ainda não têm expressão, mas que registam cada vez mais adeptos em países como os EUA -, associado movimentos migratórios e à entrada na Europa de pessoas oriundas de países onde não existe plano de vacinação ou onde este é muito restrito, poderão conduzir ao ressurgimento de doenças infecciosas já totalmente controladas e tidas como do passado.

Presidente da Sociedade Portuguesa de Alergologia Pediátrica, Libério Ribeiro assegura que esse risco é “real”. “A baixa das taxas de vacinação fará com que, doenças do passado revisitem aqueles que delas já se tinham esquecido, como o sarampo, a difteria, a parotidite, a tosse convulsa e a poliomielite”, adverte o pediatra, para quem o crescimento dos “grupos ou campanhas anti-vacina” poderá “colocar em causa o avanço conseguido em décadas”.

O pediatra frisa, no entanto, que nos países desenvolvidos onde existe um plano de vacinação, “mesmo os não vacinados, enquanto em pequeno grupo, acabam por estar protegidos pela imunidade de grupo conferida por aqueles que cumprem o seu dever cívico de se vacinar”.

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