Sociedade

Filipe Reis: "Enquanto stagehand, passei dias muito longos, dormir pouco ou nada, mas era espectacular"

4 dez 2016 00:00

Festa do Avante, concertos, Fidel Castro, associativismo e Figueiró dos Vinhos na Impressão Digital desta semana.

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Que artista, músico ou banda gostaria de ver na próxima edição do Avante?
Manu Chao, Modena City Ramblers ou até Emir Kusturica, sem dúvida que fariam a festa na Festa!
 
Tira férias para trabalhar na organização da Festa?
As jornadas de trabalho começam bem cedo, em Junho. Há muitos fins de semana até Setembro e assim não há necessidade de tirar férias. Mas uma coisa é certa, não vou deixar de ir.

É uma religião?
Não, é sim um privilégio ver a Festa crescer com o trabalho voluntário de tantos camaradas e amigos de todo o país, com troca de experiências e histórias entre os mais novos e os mais velhos. Aprendo sempre muito.

Das pessoas que conheceu ao longo dos anos na Quinta da Atalaia, alguma faz parte da sua vida?
Sem dúvida que sim. Os laços são fortemente reforçados na Atalaia, pela disponibilidade de ouvir e conhecer os outros, pela tolerância e essencialmente, pela camaradagem que é única.

Também trabalhou no Rock in Rio, entre outros eventos, mas como roadie de uma empresa de assistência a espectáculos. Dias loucos?
Enquanto stagehand, passei dias muito longos de trabalho, com uma componente física enorme, dormir pouco ou nada, várias horas em deslocação, muitos quilómetros... Não era de todo fácil, mas era espectacular!

Uma história de bastidores que possa partilhar connosco.
Há várias, mas algumas nunca vou esquecer, como, quando não resisti a tirar uma fotografia ao baixo do Lemmy Kilmister (vocalista de Motörhead) e o roadie da banda me tirou o telemóvel da mão bruscamente, e pensei logo, “fui apanhado”. Mas, no segundo a seguir, meteu-me o baixo nas minhas mãos e com o meu telemóvel tirou-me uma foto, que guardo como registo de um momento único!

Podendo escolher uma banda para acompanhar em digressão, mas sem receber dinheiro pelo trabalho feito, qual seria?
Há várias bandas nessa condição, tal como Emir Kusturica & The No Smoking Orchestra, ou Gogol Bordello. A energia e a veia balcânica, certamente que seriam ingredientes para uma aventura frenética.

Circo do rock nunca mais? Ou pelo contrário?
Não vou dizer nunca mais, mas da forma como já o fiz, não está de todo nos meus planos.

As noites longas na Assembleia Municipal de Leiria, onde lidera a representação da CDU, estão a correr melhor ou pior do que as madrugadas a desmontar palcos?
Como em tudo, quando estamos bem preparados e bem acompanhados, o difícil torna-se fácil, mas a verdade, é que estas duas lutas, não são, de todo, fáceis.

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