AUTÁRQUICAS 2021

Filipe Honório lidera primeira candidatura do Livre à Câmara de Leiria

26 jun 2021 17:40

Candidato tem 30 anos e é natural da cidade do Lis

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Filipe Honório
DR
Redacção/Agência Lusa

O partido Livre anunciou hoje que vai concorrer pela primeira vez à Câmara de Leiria, apostando em Filipe Honório nas próximas autárquicas para “defender a justiça ambiental e social” no concelho.

Escolhido nas primárias do partido, o candidato aposta numa “agenda diferenciadora”, que compense a “lógica muito exploratória dos recursos do concelho a nível ambiental e turístico” do executivo do PS, no poder há 12 anos, e uma oposição que “não tem sido capaz de congregar esforços”. 

Filipe Honório, 30 anos, natural de Leiria, consultor de gestão e desenvolvimento local, aponta o ambiente e a habitação como prioridades.

“Vemos o abandono do Pinhal de Leiria, vemos o abandono da lagoa da Ervedeira e de outro património natural do concelho que não tem sido aproveitado, ou tem-no sido apenas na lógica do turismo”, critica o candidato do Livre à agência Lusa.

Também na área ambiental, Filipe Honório lamenta a “falta de vontade política ao actual executivo” para resolver as descargas no rio Lis e afluentes, que fazem de Leiria “o concelho com maior emissão de efluentes suinícolas em regimento intensivo no País”.

“Não bastam os apoios financeiros que vieram recentemente para a indústria [suinícola]; é preciso uma transição verde para essa indústria, para que as pessoas que dependem dela consigam manter uma fonte de rendimentos, mas que venha de uma atividade mais sustentável”, sublinha.

Porque “uma cidade tem de ser um sítio para viver e não meramente um parque temático”, o candidato mostra-se contra a “aposta em eventos temáticos que, na verdade, não trazem o bem-estar e a qualidade de vida que Leiria pode ter”.

“O Núcleo de Leiria do Livre é recente e vem provar o dinamismo do partido nos últimos anos, que está a aumentar e a consolidar-se num território particularmente difícil para forças progressistas, de esquerda e ecologistas. Esse trabalho é difícil, mas é necessário”.