Abertura

Escolas com diferentes métodos de ensino para alunos em isolamento

27 jan 2022 15:01

A pandemia chegou em força às escolas no reatar do 2.º período, sobretudo, no 1.º ciclo e pré-escolar, onde a taxa de vacinação é menor e o uso de máscara não é obrigatório. Pais e professores já revelam sinais de stresse de cansaço

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Instabilidade nas escolas provoca ansiedade a pais e professores
Ricardo Graça

As escolas reabriram para o segundo período uma semana mais tarde, mas as infecções por SARS-CoV-2 não abrandaram. O vírus que provoca a Covid-19 entrou em força nas escolas e apesar de ser menos perigoso, causar poucos sintomas na maioria dos casos, a verdade é que pais, professores, diretores e as próprias crianças estão à beira de um ataque de nervos.

Todos os dias aparecem vários casos e começa a ser difícil encontrar uma turma completa em sala de aula. Há também vários docentes a faltar, muitos não por estarem infetados, mas para darem apoio aos filhos. Se algumas escolas optaram pelo ensino misto, dando aulas presenciais e à distância, outras não têm a tecnologia necessária para o fazer.

Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas desvaloriza. “Existem várias estratégias para os alunos manterem as aprendizagens e não passa apenas pelo ensino online. Além disso, o isolamento diminuiu para sete dias, pelo que os alunos acabam por perder apenas cinco dias de aulas”, constata ao JORNAL DE LEIRIA. Este não é o caso da família Correia.

Em casa são seis: os pais e quatro filhos. À medida que os casos vão surgindo há mais um período de isolamento e os sete dias podem passar a muitos mais. Dois dos filhos testaram inicialmente positivo. Mais tarde, pais e irmãos também foram infectados. “Agora os dois estão negativos e já podem regressar à escola, mas com os pais em isolamento não têm quem os leve. É toda uma logística que estamos a tentar resolver”, explica Sara Correia.

Com três filhos em anos diferentes – o mais novo está no pré-escolar – o acompanhamento escolar tem sido distinto, mesmo naqueles que se encontram no mesmo agrupamento. “Depois do meu contacto com a directora de turma, os trabalhos foram disponibilizados via Teams para haver acompanhamento da matéria. Mas se há alguns professores muito disponíveis e prontos a falar com os meninos para lhes tirar dúvidas, outros apenas se limitaram a enviar informação”, revela. Sara Correia acredita que as aprendizagens, sobretudo, do mais velho, que frequenta o 7.º ano, vão perder-se. “O estudo é mais autónomo e vai ficar com algumas lacunas, pois nem toda a matéria que é dada na sala de aula está nos livros”, afirma, lamentando que não seja possível avançar para o regime misto.

“No instituto de línguas, a minha filha tem tido aulas assim, o que possibilita interagir e colocar questões”, refere. Para esta mãe, no agrupamento “já deveria ter havido uma evolução maior neste aspecto” e terem “estabelecido uma estratégia”, porque “são os alunos mais velhos que são os mais afectados”. Quanto ao aluno do 4.º ano, Sara Correia constata que a professora tem um “acompanhamento excepcional e a

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