Sociedade

Edifício amarelo: de central eléctrica a museu da indústria?

13 jan 2017 00:00

São centenas e centenas de metros quadrados, em vários pisos, à espera de ideias.

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Para ali estuda-se uma espécie de museu da indústria. Mas, por enquanto, o poster da selecção portuguesa de futebol, colado atrás de uma porta, junto a uma cruzeta esquecida, não chega para humanizar o vazio que toma conta das antigas instalações da EDP na Rua de Tomar.

O edifício amarelo está desocupado, à espera do futuro. São salas e salas e salas cheias de nada, umas depois das outras, mas sempre iguais, ou quase sempre iguais, encerradas no silêncio burocrático da arquitectura de repartição. Entre a pedra austera e a madeira que já não se usa, há apontamentos de vidas passadas. Um cofre, um mapa, um azulejo do clube do pessoal, uma foto, um arquivo, um nome, um cargo, um momento a cores na electrónica de parede: ocupado (vermelho), espere (amarelo), entre (verde). A metáfora perfeita.

Ali, junto à ponte Hintze Ribeiro, nasceu a história da electricidade em Leiria. Em 1910, a central de energia ficou pronta e ligada à primeira rede de distribuição e iluminação pública no concelho, vindo a funcionar até 1944.

Em 2014, a EDP coloca aquelas instalações no mercado e muda as últimas equipas e serviços para os Andrinos. Preço: 1,4 milhões de euros. Só em Abril de 2016 aparece comprador, a Câmara de Leiria. A autarquia fica com 1.820 metros quadrados distribuídos por dois imóveis e vários pisos. Em troca, paga 500 mil euros e entrega um terreno na Avenida Adelino Amaro da Costa, avaliado em 700 mil euros, com 1.808 metros quadrados de área. 

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