Sociedade

Deixaram o convento para criar um espaço que convida à auto-descoberta

27 jun 2019 00:00

Margarida e Eduarda estão a cumprir o sonho de ter uma casa aberta a todos. Concretizam-no numa quinta perto da Maceira, onde se cultiva biológico e se acolhe quem bate à porta.

Fotos: Ricardo Graça
Maria Anabela Silva

Um letreiro em madeira dá as boas-vindas a quem chega. À porta assola a irmã Margarida, com um sorriso estampado no rosto. A entrada dá para um típico pátio rural, em terra batida, ladeado por 'casinhas' em pedras - que mais não são do que antigas instalações agrícolas agora recuperadas e reconvertidas -, canteiros e plantas rasteiras, que florescem entre árvores de grande porte, onde sobressaem dois enormes carvalhos.

É neste ambiente, onde se respira natureza, que funciona a Nascentes de Luz, uma associação fundada por Margarida Monteiro, a que se juntou depois Eduarda Barbosa, para acolher “todos os que ali queiram entrar”. Presta-se apoio pessoal e à família, promove-se a ecologia e desenvolve-se um projecto de permacultura.

Margarida e Eduarda viveram grande parte das suas vidas em convento, integradas na Congregação das Irmãs de São José de Cluny. Garantem que eram “muito felizes” na vida que levavam, mas explicam que, a determinado momento, se começaram a interrogar sobre as necessidades do mundo actual e sobre o papel que podiam desempenhar.

“Senti que Deus queria outra coisa de mim. Que o meu lugar não era ali [na congregação]”, conta a irmã Margarida. Deixou a vida religiosa em 2007 e voltou à casa que herdou dos pais na Costa de Cima, freguesia de Maceira, Leiria. Inicialmente, seria por três meses, mas ficou um ano e, depoi

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