Viver

De França para Lisboa, e agora Leiria, a unir a arte e a inteligência artificial

21 dez 2023 11:04

Obsolete Studio prepara workshop a acontecer no início do ano. “É uma ferramenta” e há que “aprender a usá-la”, sinaliza um dos produtores. “Não vamos evitar a revolução”

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Aurélien Krieger mudou-se para Leiria em meados de 2023
Jornal de Leiria

Inteligência artificial e arte. “A aplicação mais poderosa”, acredita Aurélien Krieger, é a possibilidade dada ao artista de treinar um modelo que lhe permita explorar muito mais rapidamente o seu próprio estilo, por exemplo, na pintura. “É uma ferramenta” e há que “aprender a usá-la”, sinaliza. “Não vamos evitar a revolução”.

Mais: “A arte digital, que usa código, design generativo, é uma forma de criação”, diz ao JORNAL DE LEIRIA. “É o algoritmo que vai fazer a produção artística, mas o artista escreve o programa”. E conclui: “Se só fazes um prompt [instrução] e tens uma imagem, não sei se é arte, mas se estás a treinar o teu próprio modelo, a usar vários modelos, a ter tempo e trabalho para obter uma imagem que corresponde a uma visão, isso é arte”.

Produtor e formador, graduado em engenharia, natural da região de Marselha (em França) e ex-residente de cidades como Berlim, Londres e a capital do México, além de Lisboa, Aurélien Krieger apresenta-se como um “amigo de artistas” com experiência em curadoria e na concepção e produção de obras de arte computacionais, filmes, instalações e performances. Vive em Leiria desde meados de 2023 e é co-fundador do Obsolete Studio, que, entre a cultura e a educação, desenvolve projectos de aprendizagem, pensamento crítico e criatividade na intersecção da arte com a tecnologia, como é o caso da pesquisa sobre a linguagem das plantas, em Braga, no mês de Julho, durante a iniciativa Circuito: os participantes usaram eléctrodos e um dispositivo electrónico semelhante a um polígrafo para gravar e amplificar os sinais eléctricos emitidos pelas plantas e gerar composições sonoras em tempo real.

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