Economia

Consórcio Embalagens do Futuro assina contrato da Agenda Mobilizadora para a Inovação Empresarial

24 jul 2022 10:59

Projecto é liderado pela Vangest, da Marinha Grande, e envolve 84 co-promotores

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Comunidade Intermunicipal, Nerlei e Politécnico de Leiria estão envolvidas no consórcio
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Foram assinados este sábado em Lisboa os 13 primeiros contratos do programa Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial, com dotação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Entre eles o projecto Embalagens do Futuro.

O consórcio, liderado pela empresa Vangest, da Marinha Grande, é dinamizado pela Associação Empresarial da Região de Leiria, Politécnico de Leiria e Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria.

Representa um investimento de 105 milhões de euros e integra 84 co-promotores, dos quais 16 são entidades e 68 empresas, na sua maioria localizadas na região de Leiria.

Prevê o desenvolvimento de iniciativas inovadoras para a concepção e produção de novos produtos, processos e serviços capazes de transformar, de forma estrutural e concertada, o futuro da fileira de produção, comercialização e exportação de embalagens Made in Portugal para o mercado global.

Os 13 consórcios que ontem assinaram os termos de aceitação fazem parte de uma lista de 51 já seleccionados (de um total de 64 que foram a concurso).

Estes 51 envolvem um total de 1226 entidades, das quais 933 empresas, 60% das quais pequenas e médias, e 111 entidades do ensino superior e do sistema científico ou tecnológico, segundo informação disponível no site do Governo.

Na cerimónia de assinatura, o primeiro-ministro assegurou que nenhum projecto de inovação candidato ao programa Agendas Mobilizadoras será excluído por falta de financiamento.

"Não é por falta de recursos financeiros que os projectos não se realizarão, não é por falta de recursos financeiros que o júri deixará alguém para trás”, afirmou.

Segundo o António Costa, “tem sido uma agradável surpresa a reacção que o tecido empresarial e o sistema científico têm tido a este desafio”, através do qual, com recurso a fundos europeus, o Governo ambiciona “alterar estruturalmente o perfil da economia portuguesa”.

Sobre o financiamento do programa Agendas Mobilizadoras, António Costa recordou que numa versão “muito conservadora” inicialmente “colocou-se no PRR só 930 milhões de euros”, embora com “a possibilidade de ir mobilizar mais 2.300 milhões de euros da componente de empréstimos”.

“E a reacção do sistema científico e das empresas foi de tal ordem que para a totalidade dos 64 consórcios que foram apresentados a concurso o máximo de elegibilidade atingia os 3.000 milhões de euros – três vezes mais do que a versão conservadora inicialmente tinha previsto”, assinalou.

Neste contexto, e “para não contribuir para um maior endividamento do país”, o Governo decidiu “reforçar desde logo o programa com os 1.600 milhões de euros” que foram entretanto acrescentados ao PRR.

A assinatura dos primeiros contratos do programa Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial acontece “com seis meses de antecedência” em relação ao prazo estabelecido entre o Governo português e a Comissão Europeia, disse na cerimónia Costa Silva, ministro da Economia.