Sociedade

Concurso para o multiusos: decisão adiada e um concorrente excluído

10 jun 2017 00:00

Câmara de Leiria já tem relatório do júri.

concurso-para-o-multiusos-decisao-adiada-e-um-concorrente-excluido-6604
Maria Anabela Silva

Um dos dois concorrentes ao concurso público para a elaboração do projecto de arquitectura e especialidades do Centro de Actividades Municipal de Leiria (pavilhão multiusos) foi excluído.

Em causa, está o facto de a proposta conter “referências ao concorrente (Central Projectos Lda)”, pelo que ficou “automaticamente excluído”, revelaram os vereadores do PSD na última reunião de Câmara, para a qual tinha sido agendada a decisão sobre a aprovação do relatório do júri do concurso e a selecção da proposta vencedora.

No entanto, por sugestão do vice-presidente da autarquia (o presidente esteve ausente da reunião), o assunto acabou retirado da ordem de trabalhos, “para reflexão”. O adiamento do assunto foi proposto e decidido já depois de os vereadores do PSD terem lido a sua declaração de voto - que ficou sem efeito -, na qual fizeram alguns reparos ao processo e à única proposta validada pelo júri, cujo autor não foi revelado.

Com base nos dados constantes do relatório final do concurso, os eleitos da oposição referiam que o edifício proposto “faz lembrar uma grande tenda/circo, com uma altura no ponto mais alto de 25 metros” e que terá “um elevado impacto no local, dada a cor branca do betão proposto para o revestimento exterior”.

Além da supressão de 1170 lugares de estacionamento, os sociais-democratas lamentam que a proposta apresentada não desenvolva nem aponte a possibilidade de ligação do pavilhão ao estádio e que o 'diálogo' com os restantes edifícios existentes na evolvente seja “apenas estabelecido na individualidade das volumetrias”.

Outro dos reparos feito pelos vereadores da oposição prende-se com o facto de não haver garantia de que o custo da obra não exceda os 12 milhões de euros previstos, “uma vez que os preços unitários indicados pelo concorrente são considerados pelo júri como muito abaixo dos valores de mercado”.

Leia mais na edição impressa ou torne-se assinante para aceder à versão digital integral deste artigo.