Economia

Compromisso Pagamento Pontual subscrito por 47 empresas de Leiria

26 mar 2016 00:00

Atrasos Limitam a inovação e perturbam a concorrência entre empresas. A cultura de pagamentos fora do prazo existente em Portugal provoca todos os anos milhares de desempregos

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Raquel de Sousa Silva

Quarenta e sete empresas da zona de Leiria aderiram recentemente ao Compromisso Pagamento Pontual, iniciativa da Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE), do IAPMEI e da CIP-Confederação Empresarial de Portugal, que conta já com 650 aderentes.

Terça-feira, em Leiria, também as dez câmaras da Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL), a Junta de Freguesia de Alqueidão da Serra, o Cefim e o Centro Hospitalar de Leiria se juntaram ao movimento.

O que significa, afinal, aderir ao Compromisso Pagamento Pontual? “Pagar no prazo acordado”, explicou ao JORNAL DE LEIRIA Jorge Líbano Monteiro.

O secretário-geral da ACEGE disse no evento, realizado na Nerlei, que a imprevisibilidade é o grande problema nesta matéria.

“Nunca quisemos impor prazos, mas ajudar a mudar a cultura vigente.

O pagamento pontual é essencial para a nossa economia”, frisou.

Citando um estudo da Intrum Justitia, Líbano Monteiro disse que 75% das empresas portuguesas refere problemas com prazos de pagamento.

E admitiu que quando o movimento Compromisso Pagamento Pontual arrancou, em 2012, nunca pensou ver câmaras a aderir. Nem hospitais [o de Leiria paga em média a 42 dias].

“Isto mostra que é possível mudar o que se pensava ser imutável”.

Em 2012, o poder local e regional tinha pagamentos em atraso que somavam 2394 milhões de euros.

Em 2014 esse montante tinha baixado para 797 milhões. Um “esforço relevante”, segundo Líbano Monteiro, que acredita que as autarquias conseguirão também este ano reduzir os dias de que precisam para pagar aos seus fornecedores, que eram 65 em 2014, contra os 119 de dois anos antes.

Entre estes dois períodos, subiram de 139 para 172 as câmaras portuguesas que pagavam abaixo de 60 dias, como manda a lei.

“Uma mudança real, num curto espaço de tempo, que mostra que com uma legislação correcta e com penalizações efectivas, e uma responsável gestão autárquica é possível alterar uma realidade que muitos pensavam ser imutável”, aponta a ACEGE. ...

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