Sociedade

Com flores, pudins e sopa de espinafres se conquista a inclusão

21 jun 2019 00:00

São portadores de deficiência mental, mas na cozinha, na lavandaria e nas estufas do Centro de Educação Especial Rainha D. Leonor, em Caldas da Rainha, asseguram, quase em exclusivo, o funcionamento desses serviços.

Foto: Ricardo Graça
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Maria Anabela Silva

Falta pouco mais de uma hora para a chegada dos primeiros clientes. Na cozinha do Garfo, o refeitório/ restaurante do Centro de Educação Especial Rainha D. Leonor (CEERDL), em Caldas da Rainha, reina a tranquilidade.

Hilário ocupa-se da sopa de espinafres. Sandra trata das sobremesas. Está a terminar os pudins. Cristina prepara as saladas. Os três fazem parte de uma equipa de dez pessoas com deficiência mental que garante o funcionamento do espaço, onde diariamente são servidas dezenas de refeições, quer a utentes das várias valências sociais da instituição, quer a clientes de fora.

“São uma equipa extraordinária”, diz, com orgulho e afectividade, Rosa Nunes, a cozinheira, que lidera o grupo e que é, a par de uma auxiliar que trabalha a meio tempo, a única que não tem deficiência. O Garfo é um dos vários serviços à comunidade prestados pelo CEERDL, que garantem emprego a 30 pessoas com deficiência nas áreas de restaurante, lavandaria, jardinagem, produção de floricultura e piscina.

Ana Domingos, presidente da Direcção, explica que a prestação destes serviços tem uma dupla função. A primeira, e a “principal”, passa por promover a “inclusão e a integração de pessoas com deficiência”, dando “visibilidade ao trabalho que fazem, que prova que têm capacidades e competências muito úteis”.

Por outro lado, estes serviços contribuem também para a “sustentabilidade da organização”, gerando receitas usadas “em prol das suas respostas sociais”. No ano passado, por exemplo, a lavandaria e o restaurante tiveram um resultado líquido na ordem dos 173 mil euros, enquanto a produção de flores deu quase 117 mil euros de lucro.

“Os resultados económicos não são, de todo, o mais importante, mas acabam por ser uma boa ajuda. O principal é mostrar a capacidade de produção destas pessoas”, reforça Ana Domingos, sublinhando que, por detrás do trabalho destes funcionários, há “um acompanhamento muito grande” feito por uma equipa técnica diver

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