Sociedade

Basílica de Fátima reabre na terça-feira

31 jan 2016 00:00

A Basílica de Nossa Senhora do Rosário, em Fátima, reabre ao culto na próxima terça-feira, dia 2, após obras de restauro.

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A reabertura do templo será assinalada com uma celebração, a realizar pelas 11 horas, que será presidida pelo bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto.

A Basílica de Nossa Senhora de Fátima reabre ao culto depois de cerca de ano e meio de obras de restauro, limpeza e reabilitação.

Citada por um comunicado do Santuário, Joana Delgado, arquitecta que coordenou a intervenção, explica que os trabalhos visaram “a conservação do património edificado e artístico”, assim como “proceder a ajustes funcionais que decorrem da necessidade de uma utilização particularmente intensa ao longo do tempo” e “valorizar o espaço que acolhe as relíquias dos videntes de Fátima”

De entre as obras, destaque para a reformulação do presbitério e para a criação de um itinerário devocional que permitirá aos peregrinos a veneração e oração junto dos túmulos dos Pastorinhos. A limpeza dos “materiais pétreos” representou uma parte significativa da intervenção.

No espaço celebrativo foram também feitas alterações, com a remoção da grade em pedra, que separava o presbitério da assembleia, retomando-se, assim, a cota original do presbitério.

“A reformulação do espaço litúrgico proposta convida a uma maior aproximação da assembleia ao presbitério mas também a um uso diferente do espaço celebrativo em que a espacialidade converge de forma inequívoca para o altar”, refere a arquitecta.

Esta obra permitiu, igualmente, a criação de “percursos devocionais”. Este itinerário, com entrada e saída pelo exterior, propõe aos peregrinos o acesso a espaços que anteriormente lhes estavam vedados. Com início do lado Sul, os peregrinos são acolhidos pelo Ícone do Beato Francisco e depois convidados a percorrer o corredor posterior às capelas laterais da basílica acompanhados pela ladainha dos beatos, inscrita nas paredes, até às capelas tumulares.

“Com a intervenção nas capelas tumulares procurou-se dar condições adequadas à veneração e oração dos peregrinos junto das relíquias dos videntes com a criação de um genuflexório para uma breve oração”, sublinha ainda a arquitecta Joana Delgado.

Esta obra contemplou igualmente uma intervenção nos espaços da sacristia e da Capela de São José , onde se desenvolveram trabalhos de conservação, com a reformulação dos seus sistemas de iluminação e ventilação.

A iluminação do edifício “constituiu outro dos desafios desta intervenção, procurando-se que as soluções preconizadas fossem “simples, pouco invasivas do ponto de vista da sua implementação, e que resultassem de forma sóbria no espaço”, acrescenta o comunicado do santuário.

O órgão da basílica foi também sujeito a uma profunda reestruturação levada a cabo pelos organeiros da Mascioni Organi.