Desporto

Assembleia de Freguesia de Marrazes chumba proposta para ceder terreno à União de Leiria

11 ago 2016 00:00

Proposta da junta foi reprovada com seis votos a favor e seis contra

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A proposta da União de Freguesias de Marrazes e Barosa para ceder o direito de superfície de uma parcela de terreno, na localidade de Pinheiros, à União de Leiria, para a construção de uma academia de futebol, foi reprovada na Assembleia de Freguesia extraordinária, que decorreu ontem, quarta-feira, com seis votos a favor, seis votos contra e três abstenções.

Isabel Afonso, presidente da junta, lamentou que o projecto não tenha sido aprovado e confessa-se surpresa com a conclusão da votação. Para a autarca, esta decisão tem por detrás motivos políticos e considera que vai "inviabilizar o desenvolvimento de uma localidade da freguesia".

Sérgio Silva, deputado da CDU, lembrou que a legislação contempla que é competência material da junta de freguesia "discutir e preparar com instituições públicas, particulares e cooperativas que desenvolvam a sua actividade na circunscrição territorial da freguesia protocolos de colaboração, designadamente quando os respectivos equipamentos sejam propriedade da freguesia e se salvaguarde a sua utilização pela comunidade local".

No entanto, "a União de Leiria não desenvolve a sua actividade na circunscrição territorial da freguesia de Marrazes ou sequer da União de Freguesias de Marrazes e Barosa, os equipamentos, como a Junta declara na deliberação de 2 Agosto, são propriedade da União de Freguesias e na mesma deliberação não ficou salvaguardada a sua utilização pela comunidade local, nomeadamente por associações desportivas sediadas na freguesia e/ou que nela desenvolvem actividade regular, nem sequer de cidadãos da freguesia informal e individualmente".

"Assim, porque os interesses próprios das associações de natureza desportiva da UF podem, com elevado grau de probabilidade, ser afectados e até postos em risco, nenhuma decisão dos órgãos desta UF deve ser tomada sem que as ditas associações sejam expressamente ouvidas", salientou Sérgio Silva.

Leia mais na edição da próxima quinta-feira, dia 18.