Sociedade

Arqueólogos estão de regresso à Bacia do Lis

26 mai 2017 00:00

Objectivos para 2017 passam por recuar mais de 25 mil anos.

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Arqueólogos e outros especialistas que estudam o passado da ocupação humana na Bacia do Lis vão regressar ao terreno entre 5 de Junho e 28 de Julho.

Estão previstas escavações no Abrigo do Poço (junto à Ramalharia) e no Abrigo da Buraca da Moira (perto da Boa Vista), já pesquisados durante as campanhas de 2015 e 2016. Mas também está em cima da mesa a possibilidade de testar novos potenciais sítios arqueológicos no concelho de Leiria.

O projecto EcoPlis – Ocupação Humana Plistocénica nos Ecótonos do Rio Lis é liderado pela Universidade do Algarve, em parceria com a Câmara Municipal de Leiria através do Museu de Leiria e a Universidade de Tulane nos Estados Unidos.

No ano passado, os investigadores, de várias nacionalidades, atingiram no Abrigo da Buraca da Moira um nível de ocupação por homo sapiens nómadas que remonta há 25 mil anos, durante o período mais frio de que há registo, ocorrido no paleolítico superior.

"Condições climatéricas muito exigentes", a que estes caçadores recolectores "tiveram de se adaptar", salienta Telmo Pereira, que coordena o EcoPlis.

Foram encontradas pontas de seta em pedra talhada (instrumentos de caça) e fósseis de fauna ainda não identificada.

No Abrigo do Poço, em 2016, os trabalhos também permitiram regredir 20 mil anos e recuperar ferramentas em pedra talhada, além de centenas de conchas e ossadas de animais de médio porte.

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