Economia

Antigo D. João III vai a leilão por 3,5 milhões

7 jun 2018 00:00

Prédio situado no centro de Leiria é detido pelo Novo Banco

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Daniela Franco Sousa

O edifício onde funcionou o Hotel D. João III, na Avenida Cidade de Maringá, no centro de Leiria, está à venda por um valor base de licitação de 3,5 milhões de euros.

De acordo com a informação disponibilizada pela e-leilões, a empresa responsável pela hasta, o leilão online do imóvel teve início no dia 26 do passado mês de Maio e irá terminar dia 12 do próximo mês de Julho, pelas 15:30 horas, no Palácio da Justiça em Coimbra.

A e-leilões observa que “as 15 fracções autónomas em venda fazem parte do mesmo edifício onde esteve instalado o Hotel D. João III, o qual foi inteiramente desmantelado, tendo-se iniciado obras de reconstrução para reconversão em edifício de escritórios”.

Refere ainda que “as obras foram interrompidas em estado avançando de reconstrução das infra-estruturas”. No entanto, explica também, as 15 fracções autónomas, tal como ainda descritas no registo predial (1ª Conservatória do Registo Predial de Leiria), “já não correspondem à realidade física do edifico”, e “por isso são vendidas em conjunto e não separadamente”. Em causa está um prédio com uma área total de 5919,5 metros quadrados.

A empresa recorda ainda que “estava em execução o projecto para reconversão em edifício de escritórios e existe PIP [Pedido para Informação Prévia] para uso de habitação”. Pelo Hotel D. João III passaram milhares de pessoas.

Devido à centralidade geográfica de Leiria, a unidade hoteleira era eleita para um sem número de conferências, acções de formação de várias empresas e festas.

Aquele espaço emblemático foi comprado pelo então Grupo Lena (hoje denominado NOV), que pretendia instalar a sede da empresa naquele edifício.

Mas, há cerca de dois anos, e face à paragem das obras, o grupo explicava ao JORNAL DE LEIRIA: “como é conhecido, o Grupo Lena passou por um período de reestruturação em que foi necessário reequacionar alguns projectos e avaliar a sua continuidade”. Este foi um deles, que, “em contexto de reestruturação, não foi possível avançar, tendo-se, no entanto, chegado à decisão de optar pela venda".

A venda acabou mesmo por consumar- se. Há cerca de dois anos, o edifício em causa foi alienado ao Novo Banco, cedido por troca de amortização de dívida. Pelo que é o Novo Banco que está agora vender o imóvel.