Viver

Almada Negreiros e um retábulo nunca visto no Mosteiro da Batalha

27 dez 2020 13:05

Uma instalação com mais de 10 metros de altura, a ocupar a parede norte da Capela do Fundador, dá a conhecer, pela primeira vez em tamanho real, a proposta radical de Almada Negreiros para os Painéis de Nuno Gonçalves, em que São Vicente é, afinal, o Infante Santo

Almada Negreiros e o Mosteiro da Batalha – 15 Pinturas Primitivas num Retábulo Imaginado
Almada Negreiros e o Mosteiro da Batalha – 15 Pinturas Primitivas num Retábulo Imaginado
Ricardo Graça
Almada Negreiros e o Mosteiro da Batalha – 15 Pinturas Primitivas num Retábulo Imaginado
Almada Negreiros e o Mosteiro da Batalha – 15 Pinturas Primitivas num Retábulo Imaginado
Ricardo Graça
Almada Negreiros e o Mosteiro da Batalha – 15 Pinturas Primitivas num Retábulo Imaginado
Almada Negreiros e o Mosteiro da Batalha – 15 Pinturas Primitivas num Retábulo Imaginado
Ricardo Graça
Almada Negreiros e o Mosteiro da Batalha – 15 Pinturas Primitivas num Retábulo Imaginado
Almada Negreiros e o Mosteiro da Batalha – 15 Pinturas Primitivas num Retábulo Imaginado
Ricardo Graça
Almada Negreiros e o Mosteiro da Batalha – 15 Pinturas Primitivas num Retábulo Imaginado
Almada Negreiros e o Mosteiro da Batalha – 15 Pinturas Primitivas num Retábulo Imaginado
Ricardo Graça
Almada Negreiros e o Mosteiro da Batalha – 15 Pinturas Primitivas num Retábulo Imaginado
Almada Negreiros e o Mosteiro da Batalha – 15 Pinturas Primitivas num Retábulo Imaginado
Ricardo Graça

Em Leiria, no ano de 1925, o professor e historiador José Saraiva debruça-se sobre a produção mais famosa da pintura portuguesa no Renascimento e publica o livro Os Painéis do Infante Santo, em que identifica D. Fernando como figura central do políptico, contra a tese dominante que vê em destaque o padroeiro de Lisboa, São Vicente.

A polémica dura até hoje. Painéis de São Vicente (conforme a leitura de José de Figueiredo, em 1910) ou Painéis do Infante Santo. E desdobra-se em múltiplas dimensões, incluindo o lugar de destino da obra, datada do século XV e atribuída a Nuno Gonçalves, pintor régio de D. Afonso V.

No debate que atravessa todo o século XX e se mantém aceso, Almada Negreiros (1893-1970) é protagonista. O que o Mosteiro da Batalha agora oferece, numa exposição inaugurada no último domingo, dia 20, é a oportunidade de observar ao vivo e em tamanho real, pela primeira vez, a visão de Almada Negreiros para os Painéis, no cenário que o artista para eles imaginou há 62 anos.

A exposição assinala meio século desde a morte de Almada Negreiros em articulação com outra, sobre o mesmo tema, patente no Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, até 10 de Janeiro.

Uma proposta radical

Após décadas de pesquisa, quase obsessão, Almada Negreiros aceita o raciocínio de José Saraiva (acerca da figura duplicada que segura o livro aberto e a vara dourada) e apresenta os Painéis como parte de um retábulo constituído por 15 tábuas em que inclui o Ecce Homo (o Cristo das Portas Verdes) e outras pinturas primitivas. Contextualiza o retábulo na parede norte da Capela do Fundador, espaço do Mosteiro da Batalha onde se encontram os túmulos do Infante Santo, dos outros elementos da Ínclita Geração e dos monarcas D. João I e D. Filipa de Lencastre. E afasta-se da generalidade dos especialistas, para quem os Painéis atribuídos a Nuno Gonçalves estariam, originalmente, integrados na S&

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