Opinião

PSD - A Força que vem de dentro

27 dez 2019 12:28

Depois porque, apesar do mau resultado nas eleições, ficou claro que o único partido que pode ser alternativa de Governo é o PSD.

No último artigo que escrevi neste espaço, sobre o novo Parlamento, dei nota da minha opinião sobre os desafios que se apresentam aos principais Partidos, deixando para hoje a reflexão sobre o futuro do PSD.

Não vale a pena olhar para o lado e dizer que nada aconteceu, ou que até foi positivo, pois o resultado eleitoral nas últimas legislativas foi demasiado mau para o PSD, em termos nacionais, um dos piores resultados de sempre - 27,76% - correspondendo a 1.457.704 votos!

Por isso, não restam dúvidas de que algo de muito diferente tem que ser feito, apesar de termos que ter em consideração um enquadramento muito particular da última legislatura, desde logo garantido por uma solução governativa única, com o suporte parlamentar da dita “geringonça”, um primeiro-ministro esperto e astuto, com o apoio, em momentos determinantes, do Presidente da República e um contexto económico internacional altamente favorável.

De facto, este conjunto de circunstâncias, que se mantiveram, mais ou menos, estáveis ao longo dos últimos quatro anos, não tornaram fácil o trabalho de oposição do PSD e do seu líder, sendo que aquilo que conta, em termos da avaliação dos portugueses, ficou bem expresso nas urnas!

Portanto, neste momento, apesar da necessária reflexão sobre o passado recente, entendo ser muito mais relevante e determinante olhar para o futuro e conseguir aproveitar a força que vem de dentro do PSD!

Por isso, é muito importante que os actos eleitorais internos possam ser amplamente esclarecedores da vontade dos respectivos militantes.

No caso do PSD, o próximo terá lugar a 11 de Janeiro, sendo muito positivo que estejam em disputa três candidaturas, protagonizadas por três distintos militantes social-democratas. Assim, terão, agora, os militantes a oportunidade de fazerem a sua escolha, sendo que poucas dúvidas existirão de que o PSD precisa de mudar de rumo, para que possa vir a merecer, de novo, a confiança da maioria dos portugueses.

Desde logo, começando pela vida interna, pelo que é urgente que o líder do PSD consiga unir e agregar todos aqueles que querem participar na vida do Partido e não continuar numa linha que tem distanciado tantos, a começar pelos militantes de base, conforme se atesta pelo número de militantes activos.

Depois porque, apesar do mau resultado nas eleições, ficou claro que o único partido que pode ser alternativa de Governo é o PSD, pelo que deve assumir, claramente, as diferenças para com quem governa, conseguindo captar a atenção de todo aquele eleitorado que já votou PSD, desde, se quiserem, o centro-esquerda ao centro-direita.

Hoje não tenho dúvidas de que, muito mais importante do que o posicionamento ideológico do PSD, do qual não devem restar dúvidas, o que faz falta é apresentar soluções concretas e objectivas para os problemas dos portugueses, no sentido de lhes proporcionar uma vida melhor!

Com um posicionamento político de proximidade, trabalhando com os vários intervenientes da sociedade, modernizando o modo de funcionamento do Partido, de modo a estar adequado às dinâmicas actuais e que possa ser amplamente mobilizador!

Tudo isto, associando capacidade de trabalho, experiência, competência, qualificação e estar no tempo certo, só pode ser concretizado, na minha opinião, com Luís Montenegro!