Opinião

Diversão forçada

7 set 2018 00:00

Envolver os colaboradores exige mais do que impor um jogo ou uma iniciativa "divertida" no local de trabalho.

Uma recente investigação de dois autores da Universidade de Wharton, nos EUA, aponta um defeito no uso exaustivo de práticas de “gamificação”* e nos exercícios de construção de equipa (comumente conhecidos como práticas de team building).

Na verdade, embora uma boa parte da pesquisa aponte efeitos positivos destas práticas na motivação, no envolvimento e na criação de espírito de equipa, existem também outros autores que focam a questão do “assédio moral”, que emerge quando colaboradores são “forçados” a participar em exercícios em contexto empresarial que não desejavam (exercícios que decorrem, por vezes, em períodos que seriam dedicados à sua vida pessoal).

Desta forma, muitos exercícios em organizações como socializar, jogos, festas de empresas e afins, que são projetados para facilitar as relações de trabalho e garantir experiências afetivas mais positivas, podem não ter os efeitos pretendidos para todos os funcionários.

O facto de haver uma variação no grau de consentimento à imposição de um jogo/evento no local de trabalho, pode levar a resultados muito diferentes, o que sugere a existência de um paradoxo “da diversão obrigatória”.

Envolver os colaboradores exige mais do que impor um jogo ou uma iniciativa "divertida" no local de trabalho. O consentimento não é apenas sobre a participação e o envolvimento, mas também sobre a crença de que os objetivos da gestão são legítimos, apropriados e justos (ou seja, o colaborador deve conhecer

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