Viver

Uma volta ao Sol de bicicleta. A jornada de Mara Mureș entre baleias, montanhas e desertos de sal

3 fev 2023 08:00

A artista plástica de Leiria está há um ano na América do Sul. Já pedalou 11 mil quilómetros, ao longo de seis países. E só espera voltar a casa no próximo Verão

Mara Mureș: “Uma pessoa vai percebendo que se pode viajar com pouco dinheiro ou até sem dinheiro”
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DR
Em Puerto Iguazú, Argentina, com novos amigos
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Punta del Diablo, Uruguai
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Nos Andes
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Os lamas são mamíferos nativos da América do Sul
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Parque Nacional de Queulat, no Chile
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Laguna de Lobos, Argentina: passar a noite numa ferrovia desactivada
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Salar de Uyuni e a Isla Incahuasi, na Bolívia
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Na cidade de Uyuni, Bolívia
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Após um ano em viagem, Mara atende o telemóvel na Bolívia para descrever, entre outros episódios, aquele em que acampou numa praia de Puerto Madryn e durante a noite escutou as baleias a nadar no mar.

Deixou Portugal a 3 de Fevereiro de 2022 num voo com destino a Buenos Aires (e escala em Madrid) e depois de aterrar na Argentina já percorreu mais de 11 mil quilómetros de bicicleta, ao longo de seis países, na América do Sul.

Pelo menos até ao próximo Verão, vai continuar na estrada.

A chamada através do Whatsapp apanha-a na cidade de Oruro, a 3.700 metros de altitude. Para fintar o cansaço, os locais estão acostumados a mascar folhas de coca. “A planta da coca é sagrada e vista como planta medicinal para muitas coisas”.

Uma família com que Mara Mureș se cruzou por acaso num quiosque ofereceu-lhe boleia e alojamento e, à noite, acompanhou-os a um casamento. “As pessoas que vou conhecendo e as ligações que vou criando ficam para sempre”. Dolores, que a acolheu em Buenos Aires e a levou a praticar escalada; o casal argentino que lhe abriu a casa durante um mês e que conhecia do Atlas, em Leiria; Ivan, que lhe ensinou sobre permacultura e construção em adobe, durante a estadia numa comunidade, no Uruguai. Ou mesmo encontros breves: o inglês de meia idade com quem partilhou o asfalto ao longo de 20 quilómetros, o camionista que a conduziu entre Assunção (no Paraguai) e Salta (na Argentina), os franceses com quem falou pela primeira vez no Chile e que reencontrou na Argentina – “é um sentimento incrível”, resume. “Cada um tem a sua pancada e não há dois viajantes iguais”.

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