Sociedade

Politécnico de Leiria apresenta estrutura de missão para criar riqueza na região

14 abr 2023 14:07

A instituição irá ajustar a oferta formativa às necessidades do território

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A Estrutura de Missão para o Desenvolvimento do Ecossistema da Região de Leiria e Oeste (EM@IPLeiria) apresentada hoje pelo Politécnico de Leiria pretende contribuir para o enriquecimento do território e criar melhor qualidade de vida.

Esta era uma das acções que integravam a candidatura de Carlos Rabadão à presidência do Politécnico de Leiria e que avança já este ano com o objectivo de ouvir os autarcas e empresários, diagnosticar os pontos fortes e fracos de cada concelho, por forma a encontrar oportunidades e soluções para tornar cada território mais atractivo e gerador de riqueza.

Segundo o coordenador da EM@IPLeiria, Agostinho Silva, só desta forma será possível reter pessoas e inverter a curva da perda de população.

A EM@IPLeiria vai abranger 24 municípios das comunidades intermunicipais de Leiria, do Oeste e os territórios de Soure e Ourém, congregando mais de 400 entidades, entre empresários, docentes, centros de investigação e outros parceiros externos com experiência e da sociedade civil.

“Acreditamos que podemos ser diferenciadores e contribuir para um futuro promissor para a nossa região, de modo a imprimir um outro nível de desenvolvimento. O objectivo desta iniciativa é responder a um dos principais desígnios de uma instituição de ensino superior: colaborar e trabalhar em prol do desenvolvimento da região onde estamos inseridos”, adiantou Carlos Rabadão.

O presidente do Politécnico de Leiria referiu que esta estrutura irá “alinhar a estratégia de formação, de investigação científica e de desenvolvimento do Politécnico de Leiria com as reais necessidades de todo o território, desde Figueiró dos vinhos até Torres Vedras”. 

Percebendo a "realidade e as necessidades de todo o território”, o Politécnico de Leiria irá ajustar a sua oferta formativo à medida das necessidades.

Carlos Rabadão explicou que não será o Politécnico de Leiria a definir as linhas orientadoras, mas serão os intervenientes do território a dizer “para onde querem ir, quais são as suas potencialidades, os seus pontos fortes e fracos e de que forma o Politécnico os pode ajudar nesta caminhada”.

A EM@IPLeiria, que deverá estar concluída em 2034, inicia “24 sessões em paralelo, uma em cada concelho”, para “elencar os pontos fortes e fracos” daquele território, na primeira semana de Maio.

Na segunda sessão será feita uma análise externa, “em modo de brainstorming, sobre as oportunidades e as ameaças” daquele concelho.

“A partir daí vamos cruzar os pontos fortes com as oportunidades”, assim como “cruzar as oportunidades com as fraquezas, no sentido de perceber como é que se podem mitigá-las para não se perderem as oportunidades”, acrescentou.

Os vectores definidos como estratégicos serão depois transformados em “ações concretas que podem criar riqueza”.

“Por exemplo, numa região, uma determinada produção agrícola pode gerar riqueza, mas precisa de muita água, que não existe. Vamos tentar criar um projeto-piloto em que os centros de investigação do Politécnico irão procurar à escala global centros de investigação especialistas naquele produto e em água para validar. Se os resultados forem positivos, vamos tentar escalá-los”, exemplificou.

O objectivo, reforçou Agostinho Silva, “é encontrar mecanismos de ações concretas potenciadores de gerar riqueza para resolver problemas concretos”. “Faz-se muita investigação no Politécnico de Leiria, mas não conseguimos transformá-la em geração de riqueza."