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Palavra de Honra | Questiono-me se a cerveja sem álcool é real!

14 jan 2021 09:17

José Font Amado, Designer Gráfico e Gestor Florestal

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- Já não há paciência... para tanto especialista em assuntos a debitar sentenças sobre tudo e um par de botas. Tantas certezas lapidares fazem-me confusão e mal ao fígado. E eu preciso muito dele. É bom ter opinião, mas que interesse tem a visão de um vegan sobre o presunto ibérico.

- Detesto... feijão-verde. Também não sou apreciador de ter o meu bar de sempre fechado por tempo indeterminado. Atenção, cumpro as regras e concordo inteiramente com as medidas de confinamento e o diabo a sete.

- A ideia... é ir aproveitando bem a coisa que a viagem é rápida e o destino é certo. Já as ideias são mais comuns do que se pensa, o desafio é distinguir as boas (raras) das más (muito comuns e contagiantes). O problema é que nem sempre é fácil e ambas podem mudar o mundo. Tentar fazer esta distinção tem-me dado trabalho ao longo dos anos.

- Questiono-me se... isto não será tudo inventado, tipo alguém a gozar connosco. O Trump existe? A cerveja sem álcool é real? Um morcego num mercado em Wuhan… na China! A sério?

- Adoro... chegar a São Pedro. Conhecer os grandes. Ter disponibilidade para as coisas simples. Ver o Sporting finalmente a jogar bem à bola.

- Lembro-me tantas vezes... de nada. Passo a vida a esquecer-me de tudo. Falando de coisas sérias, penso muito no Tony dos Sopranos.

- Desejo secretamente... que descubram que o cozido á portuguesa é a mais pura e perfeita das dietas e que partilhado com as pessoas certas tem poderes medicinais. Também gostava muito que, beber copos com amigos, fosse finalmente reconhecido pelo comité Olímpico como modalidade oficial.

- Tenho saudades... de ir a todo o lado sem pensar que vamos ficar todos infetados e morrer. Dar abraços e beijos às pessoas tipo maluquinho no meio da rua.

- O medo que tive... quando depois de me lesionar a jogar á bola, um médico me disse que com a minha idade devia considerar a hidroginástica. Também me preocupa que as pessoas deixem de acreditar que vale a pena ser decente e se deslumbrem com uma mão cheia de nada. Estamos todos juntos neste barco e é preciso navegar.

- Sinto vergonha alheia... passo. Não sei responder a isto. Toda a gente tem direito a ser ridículo.

- O futuro... é inevitável e eu tenho um plano: Desconfinar á bruta.

- Se eu encontrar… o sentido da vida ou a cura para o cancro, seria muito estranho. Por outro lado, se me aparecer à frente o génio da lâmpada a malta safa-se.

- Prometo... tentar aproveitar bem esta coisa, rapar tudo até á última migalha, alambazar-me disto tudo.

- Tenho orgulho...na playlist do meu filho Manel, onde para além da Shakira e outras músicas dos seus filmes preferidos, também está o rock & roll que rouba ao pai e de que ele gosta verdadeiramente. Embrulha algoritmo!