Sociedade

Obra de 635 mil euros na rede de drenagem pluvial vai minimizar impacto das cheias em Leiria

1 nov 2023 12:15

A intervenção é partilhada pelo Município de Leiria e pelos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento

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O objectivo é evitar inundações na cidade quando há 'trombas' de água
Ricardo Graça/Arquivo

A Câmara de Leiria vai requalificar as ruas da Restauração e Dr. António Costa Santos, uma obra no valor de 635.485 mil euros, que pretende “minimizar” o problema das inundações na cidade.

Com uma duração de 180 dias, a intervenção é partilhada pelo Município de Leiria pelos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS), cabendo à autarquia assumir 502.090 euros e aos SMAS 133.395 euros.

Esta empreitada tem como objectivo remodelar o colector pluvial que tem um metro de diâmetro. O sistema é separativo, mas na zona das caixas de visita há um bypass, ou seja, quando chove muito, as duas águas [pluvial e doméstica] juntam-se”, explicou o vereador na reunião de executivo de terça-feira.

O problema já é antigo, admitiu o autarca, que aponta ao facto do colector pluvial ter um metro de diâmetro, o que é insuficiente para fazer face a uma precipitação intensa num curto período de tempo.

A Câmara de Leiria tem em curso o Plano Estratégico para a Reabilitação e Beneficiação do Sistema de Drenagem Pluvial da Cidade de Leiria, que foi apresentado publicamente em Junho, e que prevê, entre outras intervenções, a reabilitação de um caneiro, a criação de uma estação elevatória e de um coletor de meia encosta.

As obras para prevenir cheias irão desenrolar-se até 2035.

A análise, realizada pela equipa técnica da empresa Hidra, estima que, “nos próximos 20 a 40 anos, se verifique um agravamento da intensidade da precipitação em 5%” na cidade de Leiria.

A requalificação do caneiro, “que está velho e degradado e em risco de colapsar”, em vez de toda a sua substituição numa das principais artérias da cidade, como estava prevista no mandato liderado por Raul Castro (PS), representa uma poupança superior a quatro milhões de euros e evita um processo de obra “muito complexo e demorado”, que teria um “forte impacto” social e económico, reconheceu à agência Lusa Ricardo Gomes.

Por isso, o objectivo será a manutenção de grande parte do caneiro que atravessa a zona baixa da cidade, e a sua substituição num pequeno troço, junto ao Jardim Luís de Camões.

Com um investimento de quase seis milhões de euros, a intervenção será faseada entre 2023 e 2035, avançando, já este ano, os projetos para as obras prioritárias, estando estipulado um calendário para as intervenções para os próximos 12 anos, referiu Ricardo Gomes aquando da apresentação do plano.