Desporto

No Paraguai para disputar o Mundial com livros e sebentas sobre a cama

22 nov 2019 09:42

O nazareno Rúben Brilhante é o benjamim do Mundial de futebol de praia, mas não será o menos responsável. De tal forma que para Assunção levou a mala cheia de livros para não perder “o fio à meada” na escola.

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Rúben Brilhante estreou-se na selecção nacional com 17 anos
CMN

É já esta quinta-feira que arranca, na capital do Paraguai, o Mundial de futebol de praia.

Portugal, que venceu em 2015, só entra em acção na sexta-feira, mas partiu para Assunção com a antecedência necessária para se adaptar às condições meteorológicas e aos efeitos nocivos do jet lag.

Entre os 12 jogadores convocados por Mário Narciso, para poder estar presente em tão distinto evento há um que deixa em suspenso uma vida paralela.

Uns passam os tempos livres a descansar, outros a falar com a família através das redes sociais e alguns distraem-se com as consolas. Depois, há Rúben Brilhante.

Rúben Brilhante

O nazareno tem 18 anos – fará 19 um dia após a final – e é o jogador mais novo entre os elementos de todas as 16 selecções presentes naquele país da América do Sul, e está cercado por livros e cadernos.

Durante o ano, todo o santo dia tem de fazer quilómetros atrás de quilómetros numa correria entre a Nazaré, onde reside e joga futebol de praia n’O Sótão, a Marinha Grande, onde é futebolista do Marinhense, e Leiria, cidade onde estuda.

“Tento conciliar a educação e o futebol e, por enquanto, estou a conseguir”, sublinha o estudante do segundo ano do curso de Engenharia Mecânica, no Politécnico de Leiria.

O benjamim assume-se “bom aluno”, mas admite que “não é fácil” harmonizar tanta actividade. Uma tarefa que só pode ser bem sucedida, também, com o apoio e compreensão da família.

“É o meu porto seguro. Estão presentes onde quer que eu vá jogar e sou um felizardo por ter pais como eles. Só lhes posso estar muito agradecido por tudo o que têm feito por mim.”

“Por vezes, torna-se um pouco cansativo, mas como quem corre por gosto não cansa, quero continuar a conciliar, sabendo que chegará o momento em que vou ter de escolher entre o futebol e o futebol de praia. Mas ainda não quero pensar nisso”, garante.

Nesta corrida diária, ainda para mais quando há estágios e competições pela selecção nacional de futebol de praia, há um colega, “o Ricardo”, que tem um papel decisivo para nada ficar

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