Sociedade

Leiria regista dois casos de Monkeypox

12 ago 2022 09:48

Número de infectados com a doença conhecida como varíola dos macacos tem aumentado

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O número de casos confirmados em Portugal de infecção pelo vírus Monkeypox tem vindo a aumentar por todas as regiões do País. Na área do Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Litoral, a saúde pública teve a notificação de dois casos do género masculino, sendo que um deles, apesar da morada oficial em Leiria, reside em Lisboa, informa ao JORNAL DE LEIRIA Ana Silva.

A médica de saúde pública acrescenta que a primeira notificação foi dada no dia 10 de Julho e a segunda cerca de 15 dias depois. “O caso de Leiria esteve internado no serviço de infecto do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra”, refere.

Segundo os últimos dados da Direcção-Geral da Saúde (DGS) divulgados a 4 de Agosto, Portugal contabiliza 710 casos de infecção humana por vírus Monkeypox, dos quais 77 identificados no início do mês.

Do universo de casos reportados no Sistema de Vigilância Epidemiológica, a maior parte pertence ao grupo etário entre os 30 e 39 anos e são do sexo masculino, havendo agora quatro casos do sexo feminino, mais dois do que há uma semana. A presença do vírus Monkeypox em Portugal foi detectada pela primeira vez há três meses, a 3 de Maio, recorda a DGS no relatório semanal com dados recolhidos até 3 de Agosto.

De 1 de Janeiro a 2 de Agosto de 2022, foram reportados à Organização Mundial da Saúde (OMS) 23.357 casos confirmados e 112 casos prováveis de infecção humana por vírus Monkeypox em 83 países.

Ana Silva aconselha a população a não participar em eventos sociais se souber que está infectada, “pois o contacto físico próximo é a principal forma de transmissão”.

Apesar de ser baixo, “o contacto social é sempre um risco”. Segundo a médica, “os utentes que fazem parte de grupos de risco, homens que fazem sexo com homens, devem usar preservativo e no caso de estarem infectados devem abster-se de relações sexuais, pois as lesões da pele mesmo fora da região anogenital, constituem um grande risco de transmissão pelo contacto físico”, alerta.

A especialista sublinha que a infecção pelo vírus Monkeypox “não é exclusiva do grupo dos homens que fazem sexo com homens, pois pode infectar e ser disseminado na população em geral pelo contacto social”.

Segundo a DGS, os sintomas mais comuns da doença são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas. Uma pessoa deixa de estar infecciosa apenas após a cura completa e a queda de crostas das lesões dermatológicas, período que poderá ultrapassar quatro semanas.