Sociedade

InPulsar: há cinco anos a transformar vidas em Leiria

30 mar 2017 00:00

A InPulsar promove hoje, dia 31, um jantar solidário na Quinta de Santo António do Freixo, em Cortes, pelas 20 horas.

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Maria Anabela Silva

Formadas na área social, Lisete Cordeiro, Sílvia Branco, Tânia Marques, Liliana Carvalho e Ana João Santos tinham um sonho para Leiria: criar uma associação que “rompesse com intervenções mais tradicionais” nesta área.

Foi assim que a 29 de Março de 2012 nascia a InPulsar – Associação para o Desenvolvimento Comunitário, que trabalha na inclusão de pessoas provenientes de meios desfavorecidos e de etnia cigana e que presta apoio a toxicodependentes. Cinco anos depois, o sonho não só se está a cumprir como já “ultrapassou as melhores expectativas”, confessa Lisete Cordeiro.

Os vários projectos da associação já envolveram mais de 530 pessoas. No bairro social da Cova das Faias, onde a InPulsar começou a actividade junto da comunidade cigana, foi possível, por exemplo, diminuir a taxa de insucesso escolar de “90 para 50%”.

No projecto Giros na Rua, com intervenção junto de toxicodependentes, mais de 80% dos 39 utentes que a associação acompanha nas consultas e monitorização do HIV e hepatite C passaram a ter “carga viral indetectável”, cindo doentes com hepatite C estão curados e 21 das pessoas abrangidas pelo projecto conseguiram encontrar trabalho.

Estes são alguns dos números de que se socorre Miguel Xavier, actual presidente da InPulsar, para fazer um balanço dos cinco anos de vida da associação. “São números de pessoas e que expressam algum do impacto que temos na vida dessas pessoas”, nota o dirigente. E são também números com rosto. Como o de Manuel Pereira ou de Fernando Ronualdo, a quem o apoio da associação permitiu dar um novo rumo às suas vidas.

O primeiro conseguiu deixar o álcool e hoje está curado da hepatite C. O segundo, que vivia como arrumador de automóveis na cidade, no contacto com actividades promovidas pela InPulsar recuperou o gosto antigo pela pintura e conseguiu arranjar emprego na construção civil.

“A associação deu-me uma grande ajuda. Sozinho não me orientava. Consegui deixar de beber e estou curado da hepatite. O cérebro está também mais limpo”, conta Manuel Pereira, que integra o grupo de doentes que a associação acompanha em consultas na área das doenças infecto-contagiosas em Coimbra, uma vez Leiria não dispõe desta valência. “Sozinho, não tinha como ir às consultas”, diz Manuel, de 60 anos, que continua a ser acompanhado no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

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