Economia
Inovação e defesa marcam Semana de Moldes
Adaptação rápida à electrificação e reestruturação da arquitectura dos veículos
A 14.ª Semana de Moldes 2025 – Moulds Event, organizada pela Cefamol, Centimfe e Pool-Net, entre os dias 24 e 28, na Marinha Grande e Oliveira de Azeméis teve como um dos principais destaques o tema da inovação e digitalização.
A Indústria 4.0 e a transformação digital foram temas transversais, com a fileira a reconhecer que a integração de soluções de automação, monitorização inteligente e IA nos processos de produção e gestão é fundamental para manter a vanguarda competitiva, sublinhando-se a necessidade de formar profissionais com competências adaptadas à nova era tecnológica.
O debate estratégico International Conference abriu uma discussão sobre a indústria de defesa e segurança europeia, renovando-se a noção de que a leira dos moldes deve assumir um papel central na criação de um novo cluster industrial nacional ligado à defesa.
A qualidade, precisão e capacidade de inovação tecnológica posiciona-a como fornecedor de excelência para componentes de elevada exigência técnica e um parceiro crucial nas cadeias de valor europeias de defesa e segurança.
Perante a crise do ramo automóvel, afirmou-se a necessidade de diversificação de mercados e garantir a resistência desta área.
Os mundos farmacêutico e médico foram apresentados como áreas de crescimento estável, com elevada precisão para dispositivos e embalagens.
Também a leira aeroespacial, que requer componentes com tolerâncias mínimas e domínio de materiais avançados, será um destino natural para a engenharia de topo.
A sustentabilidade e o desenvolvimento de moldes para materiais reciclados e fabrico de embalagens de peso reduzido (thin wall), foram também eleitos como essenciais para a economia circular.
O ramo automóvel, pilar tradicional da indústria de moldes e plásticos, foi alvo de uma discussão intensa durante a International Conference, num painel dedicado às Novas Cadeias de Fornecimento.
A mobilidade eléctrica, considerada o maior desafio de hoje, foi, considerada também a maior oportunidade para os fabricantes, ao obrigar à adaptação rápida à electrificação e reestruturação da arquitectura dos veículos.