Saúde

Hospital de Leiria encaminha doentes emergentes para outras unidades

1 jun 2022 18:54

Afluência à Urgência Geral do Hospital de Santo André supera capacidade de resposta

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O Hospital de Santo André, em Leiria, está a encaminhar os doentes emergentes para outras unidades hospitalares, tendo em conta um aumento da afluência de utentes à Urgência Geral. 

Segundo o Centro Hospitalar de Leiria (CHL), um “aumento” da afluência de utentes, “muito superior à capacidade” do hospital de Leiria está a limitar a resposta médica, obrigando, assim o conselho de administração do CHL a “solicitar o encaminhamento de doentes emergentes”, às 16 horas de hoje, sendo que a situação será “reavaliada” ao início da noite.

A mesma fonte refere que os utentes estão a ser reencaminhados para os hospitais de referência, “dado que os hospitais do SNS [Serviço Nacional de Saúde] funcionam em rede, sendo a colaboração entre as várias instituições uma virtude deste sistema”.

Segundo os responsáveis hospitalares, “estão a ser definidas medidas para regularizar esta situação, que pode implicar a paragem de actividade assistencial programada de consultas menos urgentes, de forma a dar resposta aos doentes mais graves, alocando mais recursos médicos no atendimento no Serviço de Urgência Geral e possibilitando o aumento do fluxo de doentes nas enfermarias”.

“O Serviço de Urgência Geral tem registado alguns constrangimentos nos últimos dias, relacionados com um aumento de afluência de utentes, muito superior à sua capacidade, o que limita uma resposta adequada ao nível da prestação de cuidados de saúde”, justificou ainda o conselho de administração do CHL.

O CHL disse ainda que foram asseguradas mais 10 camas para o internamento de doentes.

O secretário regional do Centro do SIM, José Carlos Almeida, considerou à Lusa que esta é uma “situação extremamente grave” e que “põe em causa o atendimento de um universo de 400 mil pessoas”.

“É o espelho do desinvestimento do Governo no SNS”, sublinhou, ao lamentar ainda que o CHL esteja a reverter “mais de 30 camas” que eram para doentes agudos em unidade de cuidados continuados.

Dado esta afluência, o CHL apela, uma vez mais, para que “todos os utentes que não necessitem de cuidados de saúde urgentes, recorram aos cuidados de saúde primários, de forma a libertar as urgências hospitalares para os casos mais graves, que necessitam de cuidados de saúde mais imediatos e especializados”.