Saúde

Hospital de Leiria com nova técnica para detectar doenças do foro respiratório e cancerígeno

18 jan 2024 09:48

Equipamento de ecoendoscopia brônquica possibilita diagnósticos "mais céleres e tratamentos mais atempados" em áreas como o cancro do pulmão e outras patologias respiratórias.

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O exame é feito em regime de ambulatório, com sedação ou anestesia geral
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O Hospital de Santo André, em Leiria, iniciou, este mês, a realização de ecoendoscopia brônquica, uma téncica "minimamente invasiva" que permite despistar suspeitas de cancro do pulmão e outas patologias do foro respitatório.

O novo broncoscópio, o equipamento utilizado para este tipo de exames, representou um investimento de 160 mil euros e está afecto ao Serviço de Pneumologia da Unidade Local de Saúde da Região de Leiria (ULS RL).

Efectuada com anestesia geral ou sedação, a ecoendoscopia brônquica é utilizada para "diagnosticar lesões pulmonares, despistar as suspeitas de doença maligna intra ou extratorácica e tumores de localização central", explica uma nota de imprensa da ULS RL.

Segundo a mesma fonte, este tipo de exame serve ainda para fazer "o estadiamento ou restadiamento de cancro do pulmão, e ainda o estudo de adenopatias hilares e mediastínicas, como a sarcoidose, a tuberculose ganglionar ou doenças linfoproliferativas".

"O acesso a esta técnica na região de Leiria vem colmatar uma necessidade, até ao momento assegurada por instituições externas, cada vez mais requisitada pelo número crescente de casos de cancro do pulmão entre outras patologias do foro respiratório", salienta João Macahdo, médico pneumologista, citado naquele comunicado.

O exame é feito "em regime de ambulatório, pode ter a duração entre 20 a 60 minutos e o utente tem alta médica após o recobro anestésico". Além de ser uma técnica "minimamente invasiva, possui uma elevada segurança, já que a taxa de complicações é muito reduzida, possibilitando diagnósticos mais céleres e tratamentos mais atempados", esclarece a pneumologista Rebeca Natal.

Neste exame, "o médico pneumologista introduz o fibroscópio (tubo flexível) pela boca ou pelo nariz do utente, equipado com uma sonda de ecografia, permitindo aceder com maior facilidade a lesões pouco visíveis em exames convencionais de broncoscopia".

Citado aquele comunicado, o director do Serviço de Pneumologia, Salvato Feijó, afirma que "este exame constitui mais uma ferramenta no arsenal de diferenciação técnica que a Unidade de Pneumologia de Intervenção da ULS RL tem procurado desenvolver nos últimos anos".