Sociedade
Gonçalo Lopes promete "tolerância zero" à insegurança em Leiria
As declarações do presidente da câmara foram proferidas na sessão solene do Dia do Município. "Não vamos permitir zonas de medo em Leiria", afirmou

"Não vamos permitir zonas de medo em Leiria". A afirmação foi proferida, esta manhã, pelo presidente da Câmara, durante a sessão solene do Dia do Município, onde Gonçalo Lopes prometeu "tolerância zero" à insegurança e actuação "sem hesitação" para resolver os problemas que surgirem nesta área.
"Quem põe em causa a segurança em Leiria vai encontrar uma resposta firme. Muito firme", prometeu o autarca, adiantando que o município irá trabalhar com a PSP e a GNR nas "áreas críticas" das freguesias e da cidade, como "o centro cívico, Jardim Luís de Camões, 'Parque do Avião', Polis, estacionamento do Mercado, Rua Américo Cortez Pinto e zonas escolares".
Além do reforço da videogilância e da implementação da polícia municipal, processos que estão em curso, Gonçalo Lopes disse que o município exigirá ao futuro governo "mais meios e melhores condições" para as forças de segurança, às quais prometeu também "apoio, material e financeiro".
No discurso que proferiu no último Dia do Município do mandato, Gonçalo Lopes fez também o balanço deste ciclo político, destacando uma data, 6 de maio de 2025, dia que a autarquia atingiu o valor de 100 milhões de euros de dívida paga desde o início da governação socialista, que começou em 2009.
"Este feito é um símbolo do rigor e da responsabilidade com que encaramos a gestão dos recursos públicos", alegou o presidente da câmara, lembrando que, quando o PS chegou à câmara, a dívida municipal ascendia a 108 milhões de euros.
O autarca frisou, no entanto, que esta redução da dívida, que permitiu "equilibrar as contas", foi conseguida "sem estrangular o investimento e o progresso do concelho", enumerando mais de três dezenas de obras e medidas concretizadas só este mandato. São, disse, exemplo "dos dias em que, mais do que pagar dívida, fizemos obra".
Gonçalo Lopes deixou a parte final da sua intervenção para falar de futuro, limitando-se a recordar as medidas previstas na Estratégia Leiria 2035,documento apresentado no início deste mês, que quer afirmar Leiria como um concelho "inovador, inclusivo, com qualidade de vida e sustentabilidade ambiental".
As preocupações com a segurança marcaram também o discurso de Álvaro Madureira, vereador independente eleito pelo PSD, que reclamou mais meios para as forças de segurança. O eleito defendeu a alteração "urgente do PDM", de forma a "ampliar as áreas de nas freguesias", a ampliação do hospital de Santo André e o seu reforço com mais profissionais, a requalificação do IC2 e a conclusão da circular externa de Leiria e voltou a sugerir que o município compre a Mata da Curvachia.
Neste Dia do Município, foram distinguidas mais de duas dezenas de pessoas e entidades pelo seu mérito.
António Sales despede-se
A terminar o mandato como presidente da Assembleia Municipal, António Sales revelou não se irá recandidatar. Este é "o fecho do ciclo" numa função que "assumi como quem abraça uma missão, com humildade, orgulho e com um enorme sentido de responsabilidade cívica", afirmou. Na sua intervenção, António Sales falou também do momento actual que o País vive, defendendo que esta é uma fase que exige "sentido de responsabilidade", "estabilidade política e governabilidade democrática". São, disse, "tempos exigentes em que os cidadãos pedem respostas concretas" e "capacidade de construir consensos duradouros". "Que este Dia da Cidade nos lembre que o poder local, mais do que uma instância administrativa, é um espaço de proximidade, disputa activa e de acção transformadora", acrescentou.