Sociedade

Gonçalo Lopes promete "tolerância zero" à insegurança em Leiria

22 mai 2025 13:09

As declarações do presidente da câmara foram proferidas na sessão solene do Dia do Município. "Não vamos permitir zonas de medo em Leiria", afirmou

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Gonçalo Lopes fez o último discurso do Dia do Município do mandato
Maria Anabela Silva
Maria Anabela Silva

"Não vamos permitir zonas de medo em Leiria". A afirmação foi proferida, esta manhã, pelo presidente da Câmara, durante a sessão solene do Dia do Município, onde Gonçalo Lopes prometeu "tolerância zero" à insegurança e actuação "sem hesitação" para resolver os problemas que surgirem nesta área.

"Quem põe em causa a segurança em Leiria vai encontrar uma resposta firme. Muito firme", prometeu o autarca, adiantando que o município irá trabalhar com a PSP e a GNR nas "áreas críticas" das freguesias e da cidade, como "o centro cívico, Jardim Luís de Camões, 'Parque do Avião', Polis, estacionamento do Mercado, Rua Américo Cortez Pinto e zonas escolares".

Além do reforço da videogilância e da implementação da polícia municipal, processos que estão em curso, Gonçalo Lopes disse que o município exigirá ao futuro governo "mais meios e melhores condições" para as forças de segurança, às quais prometeu também "apoio, material e financeiro".

No discurso que proferiu no último Dia do Município do mandato, Gonçalo Lopes fez também o balanço deste ciclo político, destacando uma data, 6 de maio de 2025, dia que a autarquia atingiu o valor de 100 milhões de euros de dívida paga desde o início da governação socialista, que começou em 2009.

"Este feito é um símbolo do rigor e da responsabilidade com que encaramos a gestão dos recursos públicos", alegou o presidente da câmara, lembrando que, quando o PS chegou à câmara, a dívida municipal ascendia a 108 milhões de euros.

O autarca frisou, no entanto, que esta redução da dívida, que permitiu "equilibrar as contas", foi conseguida "sem estrangular o investimento e o progresso do concelho", enumerando mais de três dezenas de obras e medidas concretizadas só este mandato. São, disse, exemplo "dos dias em que, mais do que pagar dívida, fizemos obra".

Gonçalo Lopes deixou a parte final da sua intervenção para falar de futuro, limitando-se a recordar as medidas previstas na Estratégia Leiria 2035,documento apresentado no início deste mês, que quer afirmar Leiria como um concelho "inovador, inclusivo, com qualidade de vida e sustentabilidade ambiental".

As preocupações com a segurança marcaram também o discurso de Álvaro Madureira, vereador independente eleito pelo PSD, que reclamou mais meios para as forças de segurança. O eleito defendeu a alteração "urgente do PDM", de forma a "ampliar as áreas de nas freguesias", a ampliação do hospital de Santo André e o seu reforço com mais profissionais, a requalificação do IC2 e a conclusão da circular externa de Leiria e voltou a sugerir que o município compre a Mata da Curvachia.

Neste Dia do Município, foram distinguidas mais de duas dezenas de pessoas e entidades pelo seu mérito.


António Sales despede-se

A terminar o mandato como presidente da Assembleia Municipal, António Sales revelou não se irá recandidatar. Este é "o fecho do ciclo" numa função que "assumi como quem abraça uma missão, com humildade, orgulho e com um enorme sentido de responsabilidade cívica", afirmou. Na sua intervenção, António Sales falou também do momento actual que o País vive, defendendo que esta é uma fase que exige "sentido de responsabilidade", "estabilidade política e governabilidade democrática". São, disse, "tempos exigentes em que os cidadãos pedem respostas concretas" e "capacidade de construir consensos duradouros". "Que este Dia da Cidade nos lembre que o poder local, mais do que uma instância administrativa, é um espaço de proximidade, disputa activa e de acção transformadora", acrescentou.