Economia

Fundos estrangeiros aliciam hotéis da região para converter unidades em residências

6 mai 2021 09:43

Aproveitando-se da crise que afecta o sector da hotelaria, por causa da pandemia, há fundos estrangeiros que estão a tentar convencer os empresários da região a vender os seus hotéis. O objectivo é converter as unidades em residências

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Fátima é uma das localizações na mira dos investidores
Ricardo Graça/Arquivo
Daniela Franco Sousa

Depois de um ano de pandemia, com o sector da hotelaria praticamente parado, com parte das unidades à venda e outras a tentar manter o negócio, já em esforço, há fundos estrangeiros a tentar tirar proveito da dificuldade.

Na região de Leiria, somam-se os contactos de investidores internacionais, que estão a aliciar os empresários a vender os seus hotéis para serem convertidos em habitação. Nalguns casos, a recusa é peremptória. Mas noutros, se a Covid-19 não deixar alternativa, a venda aos fundos será uma possibilidade.

O Hotel Mar & Sol, situado na praia de São Pedro de Moel, na Marinha Grande, já tinha sido contactado há cerca de dois anos por um fundo de pensões suíço, interessado em comprar a unidade para a converter numa residência para idosos. No entanto, há cerca de dois meses, conhecedor das dificuldades que o sector hoteleiro está a viver em Portugal, o mesmo fundo voltou a contactar este hotel, mas desta vez de forma mais persistente, expõe Bruno Ferreira, director do Mar & Sol.

O responsável pela unidade frisa que não gostaria de vender este quatro estrelas, que é um ícone de São Pedro de Moel, com uma história de mais de cinco décadas. E a preocupação, expõe, tem sido manter os 23 postos de trabalho. “Temos de esgotar todos os esforços”, defende o director, esperançoso de que o próximo ano seja de retoma. No entanto, reconhece, o encerramento do complexo de piscinas oceânicas de São Pedro de Moel foi um duro golpe para todos os negócios desta praia.

E agora, se a pandemia não der tréguas e as quebras se mantiverem, vender pode ser mesmo uma possibilidade. Aliás, Bruno Ferreira ainda não deu resposta final ao fundo suíço em nenhum dos sentidos. No caso dos hotéis mais recentes, que fizeram grandes investimentos e ainda têm grandes dívidas na banca, protelar a venda a fundos deste género deve ser ainda mais difícil, admite o director.

Serafim Silva, administrador do Grupo Miramar, da Nazaré, também recebeu uma proposta idêntica. A aproximaç

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