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City of Glass. A Nova Iorque de Paul Auster a inspirar o piano de Daniel Bernardes

6 nov 2023 11:44

Durante dois anos, o director da Leiria Cidade Criativa da Música trabalhou a partir do livro de Paul Auster e da novela gráfica em que colaboram David Mazzucchelli e Paul Karasik

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Gravações com o Coro Ricercare, Pedro Moreira, Pedro Teixeira, António Quintino e Joel Silva
DR

“Foi uma chamada para o número errado que despoletou tudo, o telefone a tocar três vezes no silêncio da noite, e a voz do outro lado da linha a perguntar por alguém que não era ele”, pode ler-se, na tradução do inglês por Alberto Gomes, durante o arranque de Cidade de Vidro, de Paul Auster, que abre A Trilogia de Nova Iorque.

“É um dos livros da minha vida e este projecto vai ser um dos mais ambiciosos”, comenta Daniel Bernardes, agora que estão concluídas as gravações de City of Glass, novo disco, inspirado no texto, com o mesmo título, publicado em 1985 pelo escritor norte-americano.

“Não é todos os dias que se grava com um coro de quase trinta pessoas. E, depois, esta dimensão multidisciplinar”, explica ao JORNAL DE LEIRIA. “O processo de criação foi um bocadinho semelhante ao do Vignette, portanto, esta ideia de ter contacto com um objecto exterior que espoleta a composição musical”, compara o compositor e pianista de Alcobaça. “No caso do Vignette [álbum de 2022] foi ver o filme e ir para o piano. Neste caso, foi analisar a narrativa, definir 12 momentos chave, que são os 12 temas que compõem o disco, e os títulos são frases ou expressões que o Auster utiliza”.

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