Abertura

Câmara de Leiria admite negociar compra da Mata da Curvachia

28 out 2021 10:16

Vereadores do PSD consideram que a aquisição é "estratégica" e "uma opção para o futuro". Veja também a posição de duas das três proprietárias da mata.

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Situada entre os Pousos e a freguesia do Arrabal, a Mata da Curvachia estende-se por cerca de 220 hectares de terrenos privados.
Ricardo Graça
Maria Anabela Silva

Ainda antes da pandemia, o Município de Leiria abordou as proprietárias da Mata da Curvachia no sentido de “aferir a possibilidade de aquisição da mesma”.

A informação é confirmada ao JORNAL DE LEIRIA pela câmara. Em resposta ao pedido de esclarecimentos, a autarquia informa que as negociações foram “suspensas durante o período de maior empenhamento à resposta à pandemia”, mas que há a intenção de “retomar estas negociações brevemente”.

Na semana passada, no âmbito da apresentação das suas propostas para o orçamento da câmara para o próximo ano e das grandes opções do plano, os vereadores do PSD propuseram que o município inicie negociações com vista daquela mata, uma área florestal com cerca de 220 hectares situada entre as freguesias de Pousos e do Arrabal, a poucos quilómetros da cidade.

“É estratégico. Uma opção para o futuro e para as gerações vindouras”, defendeu o social-democrata Álvaro Madureira.

“O cenário de aquisição ou qualquer outro, nomeadamente um acordo para utilização pública, estará dependente das negociações com os proprietários”, ressalva o município.

Confirmando os contactos, Maria do Carmo Cabêdo, que tem a posse de uma das parcelas – Curvachia Carvalho da Espera, onde existe uma mancha “única” de carvalhal -, diz que desses contactos não resultou “qualquer compromisso”.

“Nasci em Lisboa, mas a cidade e o concelho de Leiria fazem parte da minha pertença. Cresci e vivi com a cidade, o campo, as suas gentes, as suas festas, os seus costumes, os seus monumentos e memórias. Se alguma vez houver uma transferência de propriedade, daria sempre prioridade a um projecto em favor da população”, assegura.

Por seu lado, Manuela Raposo Magalhães, proprietária da parcela poente (Curvachia – Cabeço de Vento), diz “não estar interessada em vender”, quer pela ligação afectiva que tem ao espaço e que, garante, os filho

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