Sociedade

Álvaro Madureira diz-se alvo de “perseguição” e “bullying”

18 nov 2022 17:41

Vereador do PSD reage à retirada de confiança política decretada pela Comissão Política Concelhia e acusa a estrutura de “não ouvir os militantes”.

alvaro-madureira-diz-se-alvo-de-perseguicao-e-bullying
Vereador acusa actual concelhia de “não ouvir os militantes”

“Estou muito preocupado com esta atitude de perseguição, pelo bullying. Estou magoado”. É desta forma que Álvaro Madureira reage à retirada de confiança política decretada pela Comissão Política Concelhia do PSD de Leiria. O vereador acusa ainda a estrutura, liderada por José Augusto Santos, de estar “fechada” sobre si mesma e de “não ouvir os militantes”.

Esta tarde, a concelhia anunciou a retirada de confiança ao vereador, alegando que o mesmo tem agido “à revelia” da estrutura. “Não é verdade que não tenhamos disponibilizado informação da câmara. Há emails que comprovam isso. Também não é verdade que ignoremos as indicações que nos são dadas, como o pedido de não pagar água na altura dos incêndios”, responde Álvaro Madureira, alegando que, no caso da água, a proposta foi apresentada pelos vereadores do PSD em reunião de câmara. “Está escrito em acta.”

Em declarações ao JORNAL DE LEIRIA, o autarca social-democrata deixa também críticas à actual concelhia, por, em oito meses de mandato, ter feito “apenas duas” reuniões com os militantes, “em Maio e em Outubro”.

“Ao contrário do nosso presidente Luís Montenegro que está a fazer um excelente trabalho, [a comissão política] não ouve os militantes”, acusa Álvaro Madureira, para quem os membros da concelhia estão mais “preocupados em criar dificuldades a quem possa ser candidato” do que a apresentar propostas para o concelho.

“Ninguém sabe o que querem para o concelho de Leiria. Ninguém sabe o que pensam sobre a saúde, sobre os sectores sociais e económicos. Estão fechados”, afirma.

O vereador diz ainda que, “com estas atitudes” os elementos da concelhia “estão a dividir o PSD”, pelo que, “dificilmente o PSD vai ganhar alguma eleição”. “O PSD arrisca-se a bater no fundo. Em política não vale tudo”, conclui.