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Acaso vai ao Castelo de Leiria e oferece quatro espectáculos no primeiro fim-de-semana

13 set 2022 09:24

Festival de teatro abre na sexta-feira, 16 de Setembro, com Hamster Clown, no Teatro José Lúcio da Silva, pelo Teatro do Eléctrico

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Hamster Clown, com Rui Paixão
DR

Hamster Clown, pelo Teatro do Eléctrico, uma criação do encenador Ricardo Neves-Neves com o performer Rui Paixão, abre na próxima sexta-feira, 16 de Setembro, pelas 21:30 horas, no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria, o 27º Acaso – Festival Internacional de Teatro.

No sábado, 17 de Setembro, o festival sobe ao Castelo de Leiria, para a apresentação do novo circo do Teatro do Mar, com Mutabilia, de Julieta Aurora Santos, às 21:30 horas.

Domingo, 18 de Setembro, às 19 horas, o Teatro José Lúcio da Silva acolhe o primeiro concerto do Acaso em 2022: Outros Mashup – Rodrigo Brandão com Sun Ra Arkestra.

Ainda no domingo, pelas 21:30 horas, o último de quatro espectáculos no fim-de-semana de arranque do festival acontece no Teatro Miguel Franco. Tchiloli, uma Tragédia Actual é um exercício pelo Centro de Intercâmbio Teatral de São Tomé que resulta de uma acção de formação orientada por Andrzej Kowalski.

Nas semanas que depois se seguem, um dos espectáculos que está a gerar mais expectativa chama a Leiria a companhia Surprise Effect, de França, várias vezes premiada. Dança e performance para ver no Mercado de Sant'Ana, numa mistura de humor, acrobacia e interacção com o público que arranca elogios a Vitória Condeço: “São fabulosos”.

Este ano, o festival de teatro Acaso, que começa a 16 de Setembro e se estende até 30 de Outubro, reúne, além de três estreias da companhia O Nariz, responsável pela organização, produções do Teatro do Eléctrico, do Teatro do Mar, do Teatro Art'Imagem, do Spasmo Teatro, do Teatro Amador de Pombal (TAP) e do Teatro Ajidanha, entre outras.

Regressam os espanhóis Spasmo, que em 2021 alcançaram óptimas críticas em Leiria.

Como já é hábito, o programa abre espaço e tempo para a música – além de Rodrigo Brandão (Brasil) com Sun Ra Arkestra (Estados Unidos), Marco Santos, que tocará o novo disco, Evocations, em formato de trio – e para o cinema, com a produtora Fulo HD a estrear o filme Os Mamaias – Perdi-te em Moka Ville, de António Cova, que sucede a O Crime do Padre Mamado, estreado anteriormente no festival e com direito a reposição este ano.

Novo circo e teatro físico são também propostas da 27ª edição do Acaso: Hamster Clown, pelo Teatro do Eléctrico, e Mutabilia, pelo Teatro do Mar.

Pilar Puyana e Fernando Guerreiro vão apresentar O Último Inverno, espectáculo de animação de areia (com projecção em tela) e narração, provavelmente, um dos mais originais do festival em 2022.

O Teatro Art'Imagem oferece Noites Brancas, a partir de um texto de Fiódor Dostoiévski, encenado por Pedro Carvalho.

Outro destaque é o regresso do micro festival O Portão, não realizado em 2021.

O teatro de marionetas surge com Teodor Borisov, manipulador búlgaro residente em Itália, e Partículas Elementares, com Carlos Silva.

O Nariz estreia três produções: recupera Viemos Todos de Outro Lado com novo elenco (Nuno Crespo e Pedro J. Ribeiro) e mostra pela primeira vez Noite, encenação de Francisca Passos Vella a partir de um texto de Eduarda Dionísio, e Contos Paralelos, narração, música e vídeo que se inspiram nas cartas de um chefe índio ao presidente dos Estados Unidos, em 1854, conhecidas como Poema Ecológico. “Quase todos os textos têm a ver com situações de paz e de guerra”, explica Pedro Oliveira, que vai estar sozinho em palco.

“Toda a programação tem a ver com uma linha que vamos seguindo”, diz Vitória Condeço, d'O Nariz, que sublinha a intenção de incluir no Acaso “espectáculos direccionados a famílias” e de “cultivar relações e manter a dinâmica entre os profissionais e os grupos ditos amadores”, num programa eclético.

Segundo Pedro Oliveira, também da direcção d'O Nariz, é provável que em 2023 o festival entre num novo ciclo, com “outros espaços” e “outro tipo de abordagem”.

Para já, em 2022, o Acaso acontece em Leiria, Batalha, Porto de Mós e Marinha Grande, inclui companhias ou artistas de Portugal, São Tomé e Príncipe, Brasil, Estados Unidos, França, Espanha e Bulgária e concretiza parcerias com o Teatro José Lúcio da Silva, a Cena Lusófona, o Trupêgo, o Festival Internacional de Teatro e Artes para a Infância e Juventude (FITIJ) e o festival Marionetas na Cidade da S.A. Marionetas.