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A fuga da Ucrânia numa exposição de fotografia para ver na Arquivo

5 mai 2022 15:11

As imagens do fotojornalista Nuno André Ferreira contam as histórias do comboio 431109 e dos refugiados que escaparam da guerra através da Hungria

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Mais de duas dezenas de imagens retratam a viagem entre Záhony e Budapeste
Nuno André Ferreira

Uma criança que olha através da janela, sentada no interior da carruagem. Uma mulher em lágrimas, ao telefone. Um homem que oferece ajuda.

Em serviço para o Grupo Cofina, o fotojornalista Nuno André Ferreira testemunhou o êxodo dos refugiados da guerra a partir da fronteira da Hungria com a Ucrânia.

Algumas das imagens captadas na viagem de comboio entre Záhony e Budapeste constituem a exposição 431109 Fuga Entre Carris, com inauguração agendada para esta quinta-feira, pelas 18:30 horas, na livraria Arquivo, em Leiria.

Nuno André Ferreira foi premiado no concurso internacional World Press Photo 2021 com um terceiro lugar na categoria Spot News (Singles) e também no ano passado recebeu uma menção honrosa no Prémio Estação Imagem Coimbra, com a mesma fotografia, tirada em 2020 durante um incêndio em Oliveira de Frades, que mostra chamas a aproximarem-se de uma aldeia e um bebé dentro de um carro, em primeiro plano, a olhar para a objectiva.

Em 2018, conquistou o Prémio Rei de Espanha de Jornalismo, com outro instante, do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a apaziguar um idoso que chora, no rescaldo dos fogos de 2017 na região centro.

É natural de Leiria.

Nuno André Ferreira esteve na Hungria a trabalhar para o Grupo Cofina (foto de Elsa Monteiro)

Em Março, durante várias semanas, Nuno André Ferreira acompanhou na Hungria o movimento de refugiados provocado pela guerra na Ucrânia, com milhares de pessoas, sobretudo mulheres, crianças e adolescentes, a procurarem um lugar seguro através dos comboios com origem na fronteira.

A exposição 431109 Fuga Entre Carris – 431109 é o número inscrito na locomotiva – é “um retrato” daqueles dias, explica ao JORNAL DE LEIRIA. Fixa “o espírito” da viagem, de quase seis horas, entre Záhony e Budapeste, no interior das carruagens e nas plataformas das estações ferroviárias.

Mais de duas dezenas de fotografias para ver na Arquivo nas próximas semanas.