JORNAL DE LEIRIA e Amigos do Arunca desafiam crianças a plantar uma floresta

Celebra-se hoje, dia 23 de Novembro, o Dia da Floresta Autóctone, ou seja, das espécies de árvores, arbustos, cogumelos e ervas que constituem o ecossistema português.

Pinheiros (apenas os mansos), carvalhos, sobreiros, azinheiras, pilriteiros, choupos-brancos, castanheiros, faias, sobreiros ou amieiros fazem parte desta família que se estabeleceu há milhões de anos na Ibéria.

A destruição destes ecossistemas, que servem de suporte a milhares de animais, pela acção humana e a sua substituição desordenada por espécies exóticas de rápido retorno económico, prejudica gravemente o ambiente onde os seres humanos se inserem.

O JORNAL DE LEIRIA volta a celebrar este bioma, sinónimo de vida, desta vez oferecendo a 704 alunos, dos 6 aos 11 anos, de 36 turmas do I ciclo, do Agrupamento de Escolas Gualdim Pais, de Pombal, sementes para ajudarem a preservar a floresta que é sua.

Numa acção conjunta com a secção Amigos do Arunca, da ONGA Grupo Protecção Sicó, o jornal estará ao longo do dia de hoje, nas escolas do agrupamento para entregar sacos com bolotas de azinheira, de sobreiro, de carvalho negral e cerquinho e castanhas.

“As crianças estão a fazer a plantação em pacotes de leite escolar com vista à germinação. Depois, iremos plantá-las num espaço onde poderão ver a sua floresta a crescer”, diz Emanuel Rocha, dos Amigos do Arunca.

A actividade insere-se também no âmbito das campanhas nas escolas, onde o grupo de Pombal explica aos jovens o que são espécies exóticas, invasora e nativas. “Desta vez, damos a oportunidade de escolherem nativas para plantar e de perceberem por que razão se deve dar espaço às espécies naturais de Portugal.”

Sara Rocha, directora do agrupamento de escolas, sublinha o papel “vital” da floresta “para a sobrevivência dos ecossistemas e comuni- dades humanas”.

A responsável adianta que, “numa época de grandes alterações ambientais, é importante que os jovens compreendam o papel da floresta na manutenção do equilíbrio ambiental”.

“A educação ambiental é uma ferramenta poderosa que pode inspirar a próxima geração a tomar medidas concretas para proteger a nossa floresta. Ao ensinar os nossos jovens sobre a importância da floresta autóctone, estamos a investir no nosso futuro e a garantir que as gerações futuras possam desfrutar da beleza e dos benefícios da nossa floresta”, resume a responsável.