Opinião

Um cheirinho bom

20 out 2016 00:00

Pela minha parte, o que ele e a sua equipa preconizaram e organizaram no âmbito da Educação, deixou-me, desde logo, apaixonada pelo pensamento, forma de estar e de agir de António Guterres.

Que bom! Finalmente, no governo da ONU, uma pessoa valiosa para a Humanidade! Um homem que o Portugal político rejeitou como primeiro-ministro, provavelmente, por não estar à altura das enormes capacidades e competências deste seu governante!

Pela minha parte, o que ele e a sua equipa preconizaram e organizaram no âmbito da Educação, deixou-me, desde logo, apaixonada pelo pensamento, forma de estar e de agir de António Guterres.

De facto, o apelidado “eduquês” por parte dos “sábios ignorantes” não era mais do que o suporte teórico das ações que seriam levadas a cabo pelas escolas e pelos professores para que se abandonassem, de uma vez por todas, as práticas da escola de massas organizada, há dois séculos, para servir a revolução industrial.

Aos professores exigia-se que prescindissem do seu cómodo papel de só fornecedores de informação, aos alunos que deixassem de ser ouvintes passivos, a ambos exigia-se um papel ativo na construção do conhecimento pertinente imprescindível no século XXI!

Confesso que, na altura, não compreendi as ferozes críticas que a oposição da esquerda fez a essa reorganização curricular - pois não defende a esquerda uma escola pública de qualidade ao serviço de todos, mas mesmo de todos? Não sei, só sei que as oposições em Portugal têm a mania de reagir como se fossem um organismo vivo a sentir-se em sobrevivência, isto é, tendem a reagir de forma animalesca.

Segundo a sua cor, gente e parlamentares têm como primeiro objetivo o zelar pela conservação e bem-estar do seu grupo e os mais endinheirados, armam-se até com canais de TV e jornais, recheiam-nos com comentadores à medida (Marques Mendes, por exemplo) e tentam, desta forma, reproduzir o que lhes interessa e ficar mais fortes!

*professora
Texto escrito de acordo com a nova ortografia

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